O Futebol Clube do Porto fez muito para não perder ontem à noite em Barcelona e até poderia ter saído de Montjuic com um resultado diferente mas, como tantas vezes acontece no futebol, a capacidade de eficácia dos catalães foi superior, e valeu-lhe ter dado um passo importante para terminar no comando do seu grupo esta fase da Liga dos Campeões Europeus.
Não era decisivo para os portistas o jogo da Catalunha, mas revestia-se de demasiada importância para manter as performances alcançadas até ontem na Champions.
Claro que, mesmo perdendo, o vice-campeão português tem praticamente assegurada a sua permanência na competição, com todos os proveitos daí advenientes, desportivos e financeiros, bastando-lhe para isso empatar o derradeiro jogo no Dragão quando, daqui por quinze dias, ali receber os ucranianos do Shakhtar Donetz.
O jogo de ontem à noite, disputado em Barcelona, mas em estádio emprestado, bem poderia ter registado um desfecho diferente.
Bastava para isso que a eficácia de alguns dos jogadores mais influentes dos dragões pudesse ter ajudado a construir um resultado diferente.
Os dragões ainda chegaram a adiantar-se no marcador, com toda a justiça, mas dois jogadores portugueses vestindo o jersey azul-grana, ambos João de seus nomes, um Cancelo, o outro Félix, viraram tudo ao contrário, e acabaram por construir quase sozinhos a vitória que o Barça talvez não merecesse por inteiro.
Apesar de tudo, a qualificação do Futebol Clube do Porto para os oitavos-de-final está perfeitamente ao alcance dos comandados de Sérgio Conceição: para isso, basta-lhes aproveitar a circunstância de jogar em sua casa o jogo derradeiro e, confirmar que a sua qualidade não fica a dever nada à da formação ucraniana, embora não deixando de ter em conta a boa carreira que aquela equipa vem protagonizando nesta série europeia.