Alguns dos aeroportos mais movimentos dos Estados Unidos, incluindo o aeroporto de Los Angeles e o aeroporto de Atlanta, foram esta segunda-feira alvo de ciberataques lançados a partir da Rússia, confirmou uma fonte oficial à ABC News.
A mesma fonte assegura, contudo, que os sistemas atacados não estão diretamente ligados ao controlo aéreo, nem aos sistemas de segurança de tráfego aéreo e de coordenação e comunicação internas.
"É uma inconveniência", diz a fonte. Ao todo foram afetados 13 aeroportos norte-americanos.
O ataque consistiu em criar "overloads" de informação através de utilizadores artificiais, dificultando o acesso aos domínios públicos, ou seja, aos sites dos aeroportos, explica ao mesmo canal norte-americano John Hultquist, da empresa de cibersegurança Mandiant.
O grupo de hackers pró-Rússia "Killnet" terá estado por trás destes ciberataques, adianta o mesmo especialista. Apesar de grupos semelhantes já terem sido identificados como sendo apoiados pelo Kremlin, não há ligações conhecidas entre o "Killnet" e o Governo de Putin.
A CBS News destaca que, mais do que causar grandes danos nas infraestruturas, os ciberataques de hoje sinalizam como o Killnet está a ficar "cada vez mais eficiente" a espalhar o caos em websites norte-americanos. Na semana passada, o mesmo grupo de hackers atacou uma série de sites oficiais de estados dos EUA, tendo conseguido manter o site oficial do estado do Colorado offline durante mais de um dia e interrompendo por alguns minutos o tráfego no site oficial do Kentucky.
O Killnet especializa-se em ataques DDoS (Distributed Denial of Service), que se caracterizam por "entupir" um site com tráfego de internet, conseguindo interromper o seu funcionamento durante horas ou até dias.
Os ataques desta segunda-feira coincidem com uma renovada ofensiva da Rússia na capital ucraniana, nos maiores ataques das forças russas a Kiev desde junho.