​Meia noite em Goa, Presidente Marcelo ao mar
15-02-2020 - 20:26
 • Paula Caeiro Varela , enviada especial à Índia

Sem que os jornalistas fossem avisados (pelo menos não foram todos), acompanhado de dois elementos do corpo de seguranças, Marcelo Rebelo de Sousa cumpriu a tradição e foi ao banho nas águas do Índico.

A temperatura amena da noite goesa pedia, Marcelo Rebelo de Sousa não tentou resistir ao apelo do Índico e fez-se ao mar.

Sem que os jornalistas fossem avisados (pelo menos não foram todos), acompanhado de dois elementos do corpo de seguranças, foi ao banho noturno.

O hotel Cidade de Goa, em cima da praia, era a localização perfeita para o mergulho presidencial.

Já vinha de volta quando passou por alguns jornalistas, de sorriso na cara, e atirou: “está nadado...já está nadado”. E ainda recomendou aos jornalistas que aproveitassem “manhã de manhã cedo”.

O programa inicial da visita tinha a manhã livre, mas com o aviso de que poderia ser alterado. Claro que foi. É domingo e o Presidente vai à missa. A comunidade com ascendência portuguesa foi convocada e espera-se cheia a Igreja da Imaculada Conceição, em Panjim, inicialmente uma capela construída em 1541, onde se celebra missa em inglês, português e koncani. Este domingo às 10h30 (menos 5 horas e meia em Lisboa) será em português.

O Presidente da República chegou hoje ao final da tarde a Goa, vindo de Mumbai (antiga Bombaim) e foi recebido no hotel cidade de Goa, com um cocktail, um colar de flores brancas e vermelhas que puseram a toda a comitiva, e um “bindi” vermelho na testa.

Mais tarde, num colóquio sobre design urbano, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou sentir-se em casa e elogiou a singularidade de Goa, um cruzamento entre culturas que é também uma herança portuguesa da qual sente orgulho, como sente orgulho da influência indiana na cultura portuguesa. “Sem nostalgia e sem complexos”, afirmou.

Antes, Marcelo Rebelo de Sousa presidiu, num jardim à beira do mar, a uma cerimónia de assinatura de novos protocolos de colaboração entre as autoridades indianas e portuguesas, incluindo o tão anunciado acordo com o grupo “Águas de Portugal” para a construção de equipamentos de saneamento em Goa.