Foi no princípio do mês (2 de outubro) que Allyson Felix ganhou a sua 12ª medalha de ouro em campeonatos mundiais, batendo neste item o conhecido jamaicano Usain Bolt.
Doze medalhas, 10 meses depois de ser mãe.
Quando decidiu começar uma família, a atleta sabia que a sua carreira podia estar em risco. Mas não se conformou. Iniciou uma luta pelos direitos das mulheres atletas que decidem ser mães. E foi implacável.
Uma das batalhas foi com uma conhecida marca desportiva. Em 2018, a Nike queria pagar menos 70% à atleta por ter sido mãe. Depois de difíceis negociações, Allyson Felix ganhou a batalha, e não foi só no seu contrato. Em maio, a Nike anunciou que as atletas recém-mamãs não seria penalizadas no pagamento durante o primeiro ano de vida do bebé.
Em setembro, a marca decidiu dar um passo em frente e prolongou a medida aos 18 meses, contando com os oito meses antes da data prevista do parto.
Allyson Felix abriu caminho a outras mulheres atletas. No mesmo dia em que ganhou a 12ª medalha de ouro, Fraser-Pryce, da Jamaica, também ganhou uma medalha de ouro. E festejou com o seu filho de dois anos.
Fraser-Pryce também temeu pelo fim da carreira quando engravidou. Muitos lhe disseram para desistir, mas ela teimou em continuar a correr.