As Universidades do Porto, do Algarve e de Aveiro não vão seguir a medida da Universidade de Coimbra (UC), que na terça-feira anunciou que vai deixar de servir carne de vaca nas cantinas universitárias a partir de 2020, com o objetivo de se tornar neutra em carbono.
Ainda assim, as três instituições públicas de ensino confirmam que têm em curso outras ações para diminuir a sua pegada ecológica. Todas dizem que desconheciam a decisão da UC até ao anúncio.
Em declarações à Renascença esta quarta-feira, Paulo Ferreira, reitor da Universidade de Aveiro, considera que "qualquer instituição tem de se preocupar com a sustentabilidade e a redução da pegada ecológica".
Sobre o tema alimentar, a Universidade de Aveiro destaca a seleção dos produtores, "uma medida que tem de ser tomada e que temos tomado", sublinha o reitor. "Produtores diferentes têm práticas diferentes e, naturalmente, isso também influencia bastante a pegada ecológica e a sustentabilidade".
A Universidade do Porto não descarta a possibilidade de, no futuro, seguir a pisada da UC, mas Raul Santos, diretor de comunicação desta universidade, confessa à Renascença que diminuir as refeições de carne e introduzir refeições vegetarianas terá como base uma lógica de promover uma alimentação mais saudável e não tanto por preocupações ambientais.
Já a Universidade do Algarve sublinha que já eliminou a 100% o plástico nas cantinas, segundo informações de Lara Alves, assessora de imprensa da instituição.
Todas as universidades se recusaram a comentar a medida da Universidade de Coimbra, que já está a angariar críticas das associações portuguesas de bovinicultores.