Acordo para aumento salarial dos trabalhadores do setor social pode estar por dias
08-06-2019 - 00:38
 • Renascença

O presidente da União das Misericórdias Portuguesas reconhece razão para o protesto dos trabalhadores, que esta sexta-feira se manifestarm em Lisboa.

O presidente da União das Misericórdias Portuguesas (UMP), Manuel Lemos, acredita que, no final da próxima semana, será definida a atualização salarial dos seus trabalhadores.

Manuel Lemos reconhece razão para o protesto dos trabalhadores misericórdias e das instituições particulares de solidariedade social (IPSS), que manifestaram esta sexta-feira, em Lisboa, para exigir melhores salários e outras condições de trabalho.

O presidente da UMP acredita que a negociação com o Ministério do Trabalho chegue a bom entendimento no final da próxima semana.

“Estamos perto de encontrar o consenso possível dentro de um quadro de limitações que todos sabemos que é muito grande e não vale a pena estar sempre a falar disso”, sublinha.

Manuel Lemos reconhece que os trabalhadores das IPSS têm “um trabalho muito árduo e difícil”, com idosos, doentes e pessoas com deficiências, e “não são muito bem pagos”.

“Temos muita noção disso, estamos a fazer um esforço nas instituições, quer nas misericórdias quer nas IPSS, para corrigir isso”, afirma.

Esta sexta-feira, algumas centenas de trabalhadores concentraram-se em frente ao Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, para exigirem melhores salários e condições de trabalho, que é o reflexo de uma greve realizada esta sexta-feira.

Os trabalhadores exigem das entidades empregadoras, entre as quais as misericórdias, respeito pelos seus direitos.

Paralelamente, exigem ao Governo que considere nos aumentos das comparticipações do Estado atribuídos anualmente às instituições a atualização salarial.

Os sindicatos frisam que estes trabalhadores não tiveram qualquer valorização remuneratória nos últimos anos.