Jaime Gama: "Não consentiremos que a palavra 'Descobrimentos' seja irradiada da língua portuguesa"
14-09-2019 - 16:40
 • José Pedro Frazão

No arranque do encontro " O Futuro do Planeta", o presidente da Fundação Francisco Manuel dos Santos defendeu que a discussão sobre o presente e o futuro dos Oceanos está ligada ao legado histórico português e é uma responsabilidade que de que a Fundação não abdica.

Futuro, Planeta, História.

As conferências servem para abordar as palavras com uma lente que lhes dá uma letra grande no início. " O Futuro do Planeta" discutido nesta forma de Encontro, protegido pelo conforto do ar condicionado do Teatro Camões em Lisboa, arrancou com a moldura que o presidente da Fundação Francisco Manuel dos Santos, Jaime Gama, quer para os trabalhos nestes dois dias de Setembro.

O antigo ministro dos Negócios Estrangeiros defende que o olhar para o futuro deve estar comprometido com o "legado dos portugueses enquanto Historia" e assegura que a FFMS "não abdica" da "responsabilidade" de abordar realidades como os Oceanos com rigor científico.

"O contributo português para o Renascimento foi feito pela incorporação de experiência e conhecimento novo", afirma Gama, evocando os que documentaram as viagens marítimas como Valentim Fernandes, Pêro Vaz de Caminha e Fernão Mendes Pinto.

O presidente da FFMS tinha uma mensagem, garantir que determinadas palavras permanecem com letras grandes, associadas a outras como explorações, aventura, conhecimento e ampliação de saber.

"Sentimos uma responsabilidade especial num momento em que nas línguas inglesa, espanhola,chinesa, se prossegue, insiste e persiste em declinar a palavra 'Descoberta'. Não consentiremos que a palavra "Descobrimentos" seja ou possa ser irradiada da língua portuguesa", declarou Jaime Gama na abertura do Encontro organizado pelas Fundações Oceano Azul e Francisco Manuel dos Santos.