Berlim aumenta pressão sobre quem não quer refugiados
16-09-2015 - 17:36

Merkel admite que países possam perder fundos comunitários se não apoiarem migrantes.

A proposta da Alemanha que aumenta a pressão sobre os países que não querem acolher refugiados está em destaque na imprensa desta quarta-feira.

O “Público” diz que Angela Merkel coloca a hipótese de os Estados-membros poderem vir a perder as transferências de Bruxelas se recusarem acolher refugiados. A chanceler alemã quer uma cimeira urgente já na próxima semana.

A Alemanha recupera, assim, a ideia de Jean-Claude Juncker para aplicar sanções financeiras para os países que não participem na distribuição de refugiados.

Enquanto a Europa mantém o impasse, todos os dias continuam a chegar refugiados aos países da União Europeia. Depois da Hungria ter encerrado as fronteiras surgem outras alternativas de entrada na UE.

A Agência Lusa conta que um grupo de 20 refugiados, na sua maioria mulheres e crianças, chegaram esta quarta-feira à Croácia provenientes da Sérvia.

No “Diário de Notícias” está em destaque a desilusão de António Guterres perante as divergências na União na gestão desta crise. O alto-comissário das Nações Unidas para os Refugiados esteve em Bruxelas e usou o exemplo de Portugal. Ficou impressionado com a mobilização da sociedade civil.

Outro tema esta manhã nos jornais, as eleições na Grécia no próximo domingo. Com o Syriza e a Nova Democracia empatados nas sondagens, os indecisos podem ser a chave para o resultado das Legislativas. A reportagem do “Público” em Atenas falou com várias pessoas que não sabem em quem votar, dizem até que o Syriza juntou tanta água ao vinho que já não é vinho nenhum.

O “Diário Económico” destaca o dinheiro que Portugal vai receber da União Europeia. São 4,8 milhões de euros para apoiar o sector do leite e produtos lácteos, mas também os produtores da carne de porco. É um valor muito baixo, diz o representante do sector do leite, quando comparado com o dinheiro que é dado a Espanha.

Do “The Guardian” chega o aviso dos sindicatos: milhares de sindicalistas estão disponíveis para votar “não” no referendo se o Governo insistir na redução dos direitos dos trabalhadores.