Jerónimo de Sousa acusa PSD e CDS de competirem perante a ameaça da extrema-direita
19-05-2019 - 18:35
 • Pedro Filipe Silva

Na vila de Alhandra, o secretário-geral do PCP apontou baterias a PSD e CDS, que se assumem como “salvadores da Europa”, mas não o demonstram.

A sala da Sociedade Euterpe Alhandrense, em Alhandra, no concelho de Vila Franca de Xira, encheu-se para ouvir Jerónimo de Sousa. Antes da chegada do secretário-geral do PCP e do cabeça de lista às eleições europeia, João Ferreira, as centenas de apoiantes tiveram direito a um momento musical do quinteto cinco elementos.

Animada estava a festa e lá chegou a vez de Jerónimo de Sousa falar. Parte do discurso foi dedicada à ameaça da extrema e direita com críticas ao PSD e CDS. “Apresentam-se nestas eleições assumindo-se salvadores da Europa perante a ameaça da extrema-direita”, disse o secretário-geral do PCP que apontou mesmo os nomes dos eurodeputados. “Por exemplo, o PSD de Paulo Rangel com os seus amigos no poder na Hungria e na Polónia, que em tempo de eleições renegam, ou os amigos do CDS Cristas e tão elogiados por Nuno Melo, os protofascistas do Vox de Espanha, admiradores de Franco", apontou Jerónimo de Sousa, que não esqueceu o PS. "outros vão fechando os olhos em conivência com a política que alimentou e alimenta esses regimes autoritários".

O secretário-geral do PCP disse ainda que estes partidos de estarem a competir entre si e a criar dilemas. "O que pretendem com esta operação salvar a Europa ameaçada, na competição entre si pelo posto de guardião da fortaleza e com isso mostrar que se é mais europeísta, confundindo propositadamente a Europa com a União Europeia do capital e monopólios, e colocar os portugueses e outros povos perante um falso dilema, a armadilha de uma falsa opção", acusou.

Jerónimo de Sousa disse ainda que esse dilema “não está entre os que se dizem europeístas e que querem salvar a Europa contra os nacionalistas reacionários e a extrema-direita", sublinhou. Concluiu criticando que os que apoiam a política neoliberal da União Europeia. "Tem sido a política neoliberal levada a cabo pela União Europeia e da qual os pretensos salvadores da Europa e seus governos não se demarcam que conduziu durante vários anos a apoiarem nacionalistas reacionários e xenófobos na Itália, na Polónia ou Hungria, que lhes servem de pretexto para dar credibilidade ao seu falso dilema", disse.