Guterres reitera "apelo urgente" por acordo que cesse "sofrimento atual"
06-05-2024 - 21:39
 • Lusa

Secretário-geral da ONU "está profundamente preocupado" com a possibilidade de que uma operação militar em grande escala em Rafah possa estar iminente.

O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, reiterou esta segunda-feira o seu "apelo urgente" às lideranças de Israel e do Hamas para que façam um esforço adicional em prol de um acordo que ponha "fim ao sofrimento atual".

"O secretário-geral reitera o seu apelo urgente ao Governo de Israel e à liderança do Hamas para que façam o esforço extra necessário para concretizar um acordo e pôr fim ao sofrimento atual", indicou o porta-voz de Guterres, Stéphane Dujarric, em comunicado.

De acordo com a nota, Guterres "está profundamente preocupado" com a possibilidade de que uma operação militar em grande escala em Rafah possa estar iminente.

"Já estamos a assistir a movimentos de pessoas - muitas delas estão em condições humanitárias desesperadoras e que foram repetidamente deslocadas. Elas procuram uma segurança tantas vezes negada", observou Dujarric.

O secretário-geral "lembra às partes que a proteção dos civis é fundamental no direito humanitário internacional", conclui o comunicado.

O grupo palestiniano Hamas anunciou hoje ter aceitado uma proposta de cessar-fogo, mediada pelo Egito e pelo Qatar, para suspender a guerra que se prolonga há quase sete meses com Israel na Faixa de Gaza.

A proposta de trégua em causa inclui um cessar-fogo em três fases e a libertação dos reféns na Faixa de Gaza, mas terá ainda de ser aprovada por Israel, segundo fontes próximas das conversações.

Até agora, desconhece-se ainda a posição oficial das autoridades israelitas, embora, segundo meios de comunicação social como a rádio pública Kan e o Canal 12, de notícias, o acordo aceite pelo Hamas não tenha 'luz verde' de Israel.

Há vários meses que o Egito e o Qatar têm mediado conversações entre Israel e o Hamas, procurando encontrar uma solução para a guerra desencadeada pelo ataque do movimento islamita em território israelita, em 7 de outubro passado, a que se seguiu desde então uma retaliação em grande escala das forças de Telavive na Faixa de Gaza.