Combustíveis estariam 27 cêntimos mais caros sem ajuda do Estado, diz Medina
13-05-2022 - 16:53
 • Sandra Afonso , com redação

O Governo está aberto a alterações na proposta de Orçamento do Estado para 2022 (OE2022), mas o ministro das Finanças só fala no poder local.

O ministro das Finanças, Fernando Medina, afirma que as ajudas do Estado representam atualmente um desconto de 27 cêntimos por litro de combustível.

Em declarações na Comissão de Orçamento e Finanças, Fernando Medina voltou a lembrar que a conjuntura externa é exigente e o Orçamento não consegue ajudar todos, mas medidas de apoio estão a fazer a diferença e deixa como exemplo os combustíveis.

“Cada português paga hoje menos 27 cêntimos por litro quando vai à bomba de gasolina do que pagaria sem qualquer medida pública”, declarou o ministro das Finanças.

O Governo está aberto a alterações na proposta de Orçamento do Estado para 2022 (OE2022), mas só fala no poder local.

O ministro das Finanças, no início da audição parlamentar do OE2022 na especialidade, reafirmou a abertura do executivo para “melhorar” o documento. Ainda assim, nas áreas que podem ser alteradas, Fernando Medina só falou no poder local e descentralização.

“Iniciativas na área do poder local e das autarquias, tão importantes como a possibilidade de autorização de recrutamento para necessidades decorrentes de descentralização em municípios em maior dificuldade, a possibilidade de isentar de um conjunto de procedimentos e de obrigatoriedade de despacho autarquias que pretendam cumprir com acordos celebrados em vez de beneficiar de reduzir o seu excesso de endividamento em 10%”, declarou Fernando Medina.

Fernando Medina garante ainda que Portugal está a comparar bem com outros países da União Europeia e vai alcançar o crescimento de 4,9% este ano.

O governante sublinha, também, que o objetivo das contas certas, que inclui a descida do défice, não visa atingir nenhum ranking mas assegurar credibilidade e margem de manobra ao país.

Garantias no dia em que a UTAO, o grupo de técnicos que apoiam os deputados, concluiu que o novo ministro das Finanças vai congelar mais despesa que os anteriores ministros, Mário Centeno e João Leão.