Costa diz que o país não pode voltar a parar porque não é sustentável
07-09-2020 - 16:05
 • Lusa

“Nós temos de evitar a todo custo as soluções que tivemos de adotar em março e abril porque, do ponto de vista social e económico, não são obviamente sustentáveis”, diz o primeiro-ministro.

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O primeiro-ministro defendeu esta segunda-feira que o país não pode a voltar a parar, tal como aconteceu nos meses de março e abril, porque do ponto de vista social e económico não é sustentável.

“Nós temos de evitar a todo custo as soluções que tivemos de adotar em março e abril porque, do ponto de vista social e económico, não são obviamente sustentáveis”, afirmou António Costa.

O chefe do Governo falava aos jornalistas à entrada da reunião sobre a evolução da covid-19 em Portugal que junta peritos, políticos e parceiros sociais e que decorre esta tarde, no Porto, com transmissão aberta das intervenções iniciais dos técnicos.

A reunião junta novamente o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o primeiro-ministro, o presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, líderes partidários, patronais e sindicais.

Apesar de admitir que se está a entrar num "momento crítico" e "crucial", no qual os números de infetados poderá subir, Costa insiste: “Não podemos voltar a pararmos todos, a voltarmos a uma paralisação global da economia porque sabemos bem do impacto brutal que está a ter no emprego, no rendimento das famílias e na vidas das empresas."

Nesta quadro, vão ser discutidas novas medidas de contenção no próximo Conselho de Ministros. "Já pré-anunciámos que, a partir da próxima quinzena, vamos voltar ao estado de contingência em todo o país. O Conselho de Ministros desta semana vai definir quais as novas medidas", disse Costa.

A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 889.498 mortos e infetou mais de 27,1 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 1.843 pessoas das 60.507 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.