​Caso Marega. Liga de Clubes e FPF “repudiam racismo”
16-02-2020 - 20:48
 • Renascença

Instituição liderada por Pedro Proença diz que os acontecimentos deste domingo no estádio do Vitória de Guimarães "envergonham o futebol e a dignidade humana”.

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A Liga de Clubes e a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) já reagiram aos insultos racistas contra o jogador Marega, do FC Porto, no jogo deste domingo em Guimarães.

A Liga, instituição liderada por Pedro Proença, repudia “atos de racismo”. “A Liga Portugal não pactua, nunca o fará, com atos de racismo, xenofobia, intolerância e qualquer outro que coloquem em causa a dignidade dos futebolistas, agentes ou, apenas, do ser humano”, refere a Liga, em comunicado.

A instituição liderada por Pedro Proença afirma que “os valores do futebol não são compatíveis com o que se passou na noite de hoje no estádio do Vitória Sport Clube em que um atleta não suportou mais os insultos que estava a ser alvo e optou por abandonar o jogo”.

“Estes atos envergonham o Futebol e a dignidade humana”, refere o comunicado.

A Liga de Clubes ressalva que “a grandeza da instituição Vitória Sport Clube não deve ser confundida com as atitudes de alguns adeptos que não têm lugar no futebol e no desporto”.

“A Liga Portugal tudo fará para que este, e todos os episódios de racismo, não fiquem impunes, acreditando que esta é uma luta sem cores e onde todos são decisivos para a erradicar deste flagelo”, conclui o comunicado.

FPF solidária com Marega

O presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Fernando Gomes, lamenta os "insultos racistas" contra Marega, que "não podem deixar de ser severamente punidos, num episódio grave e condenável".

Em comunicado, Fernando Gomes afirma que "comportamentos racistas são intoleráveis" e manifesta a sua "solidariedade com o atleta Moussa Marega".

Os autores de insultos racistas devem ser identificados e levados perante a justiça, defende o presidente da FPF.

"Enquanto presidente da FPF, asseguro que tudo continuarei a fazer para que os adeptos que não respeitam o futebol fiquem definitivamente à porta dos estádios. Este é um combate urgente de toda a sociedade", remata Fernando Gomes.

[notícia atualizada às 21h19]