A violência doméstica pode matar e os homicídios conjugais já representam cerca de um terço do total dos homicídios registados no país. Em cerca de 90,9% dos casos, quem mata é o homem. Em casa, com facas ou com arma de fogo.
Dois em cada cinco homicídios ocorrem pelo facto de a vítima querer pôr fim à relação. Quem mata alega várias razões quase sempre ligadas ao sentido de posse. Na maior parte dos casos, há filhos.
Vítimas e agressores têm entre, em geral, os 26 e os 45 anos, segundo o estudo da Escola de Criminologia da Faculdade de Direito da Universidade do Porto, que serve de ponto de partida para o programa.
No debate participam Pedro Sousa, um dos autores do estudo, José Tomé de Carvalho, juiz das varas criminais, Marta Silva, da Comissão para a Cidadania e Igualdade do Género e Daniel Cotrim, da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV).