​Vespa asiática alastra a todo o país. E já chegou às cidades
13-04-2017 - 22:31
 • Teresa Almeida

Porto, Coimbra, Aveiro e Santarém já têm ninhos desta espécie predadora importada da Ásia. O problema causa um prejuízo anual superior a cinco milhões de euros.

A vespa asiática está a alastrar de forma descontrolada e já chegou às cidades, alerta a Quercus. Porto, Coimbra, Aveiro e Santarém também já têm ninhos desta espécie predadora importada da Ásia.

O problema causa um prejuízo anual superior a cinco milhões de euros ao país, devido às baixas na produção de mel.

A Quercus fala num alastramento a praticamente todo o pais. Para além das grandes cidades a norte do território, João Branco, responsável por esta associação ambientalista, admite que “já foram avistados ninhos no Alentejo e no Algarve, o que torna a situação dramática. “Todo o país já está infectado com esta espécie predadora”, explica.

A existência desde 2015 de um plano de acção para a vigilância e controlo da vespa velutina, como também é conhecida, não evitou a expansão por todo o território continental.

João Branco fala da necessidade de “alargar o actual plano, faltando mais equipas no terreno e o envolvimento de toda a sociedade civil e as próprias associações ambientalistas foram afastadas e seriam essenciais para poder andar em campo e até ajudar a população a distinguir os ninhos da vespa asiática dos outros”.

O ambientalismo pede ao Governo um plano de acção mais eficaz. “Apesar de a vespa não ser perigosa para os humanos, vai causar ainda mais prejuízos na produção de mel”, afirma o presidente da direcção nacional da Quercus.

Segundo os dados recolhidos e comprovados, “só neste sector, os danos causados por esta espécie asiática ultrapassam e muito os cinco milhões de euros por ano. E já não se fala no investimento que ela obriga a ser feito nas colmeias para as evitar, senão poderiam estar a falar do dobro dos valores” remata.

A associação alerta ainda para a necessidade de protecção de espécies de outras vespas autóctones que estão a ser destruídas em massa devido à falta de informação da população, “o que pode causar desequilíbrios ecológicos que favoreçam a expansão da vespa asiática”.

Para João Branco, é importante que existam acções de formação e divulgação sobre esta problemática, junta das autarquias, bombeiros e cidadãos. Cidades como Porto, Coimbra, Aveiro, Guarda, Leiria e Santarém já estão referenciadas como tendo ninhos de vespa asiática.

A Quercus fala também em vestígios desta praga que começou no norte do país, no Alentejo e Algarve.