Presidente muito “chocado e pesaroso” com a morte de bispo de Viana do Castelo
18-09-2020 - 22:30
 • Filipe d'Avillez , Vítor Mesquita

Marcelo Rebelo de Sousa publicou uma mensagem no site da Presidência, mas à Renascença falou de uma amizade de muitos anos com D. Anacleto.

O Presidente da República admite que ficou “chocado e pesaroso” com a morte de D. Anacleto Oliveira, bispo de Viana do Castelo.

Em declarações à Renascença, Marcelo confessou que era amigo de D. Anacleto há muitos anos e que tinha por ele uma grande admiração.

“Fiquei muito chocado, até pesaroso, por esta morte violenta, inesperada, de uma personalidade quer em termos humanos quer em termos eclesiásticos, quer comunitários e humanos. Era de uma inteligência, de uma sensibilidade, intuição e humildade excecionais”, diz.

“Guardo as melhores recordações em termos pessoais, de muitas décadas. Em termos eclesiásticos, uma dedicação ao povo cristão e em geral a toda a comunidade, com uma visão ecuménica, uma abertura e tolerância e capacidade de entender os outros e grande disponibilidade que liga também à forma como comunitariamente as reações foram muto pesarosas, porque era de facto um prelado querido das gentes”, admite ainda o Presidente.

Marcelo Rebelo de Sousa diz ainda que acompanha, a título pessoal, mas sobretudo como Presidente, “o pesar e partilho o pesar da Igreja Católica, da hierarquia e da diocese de Viana do Castelo por esta partida tão inesperada e por isso mesmo tão chocante.”

Também o site da Presidência da República publicou uma mensagem de pesar pela morte de D. Anacleto.

“Ao tomar conhecimento do falecimento de D. Anacleto Oliveira, Bispo de Viana do Castelo, apresento à família enlutada e a Igreja Católica as minhas mais sentidas condolências.”

“Nomeado Bispo de Viana do Castelo em 2010, a sua designação foi o culminar de uma trajetória espiritual e pastoral de muitas décadas, feita ao serviço da Igreja Católica e dos seus fiéis”, lê-se ainda na nota.

“Ainda recentemente, D. Anacleto celebrara 50 anos de sacerdócio e 10 anos de presença na diocese do Alto Minho. A sua morte repentina e trágica, numa altura da vida em que tanto haveria a esperar do seu exemplo de pastor e de homem de bem, é motivo de consternação para os Portugueses, crentes e não crentes”, conclui.

D. Anacleto morreu esta sexta-feira na sequência de uma acidente de automóvel na A2, perto de Almodôvar.