A turbulência da nau encarnada
13-07-2020 - 06:23

Antes de vários incidentes registados nos últimos dias, contam os maus resultados e não melhores exibições da equipa de futebol que deram recentemente origem à saída do treinador, campeão há um ano e incensado então em todas as latitudes vermelhas.

Continuam difíceis os tempos para os lados da Luz, onde o Sport Lisboa e Benfica tem vindo a acumular casos que desgastam a colectividade e tornam ainda mais complicado o seu futuro, pelo menos a curto prazo.

Antes de vários incidentes registados nos últimos dias, contam os maus resultados e não melhores exibições da equipa de futebol que deram recentemente origem à saída do treinador, campeão há um ano e incensado então em todas as latitudes vermelhas.

Conquistar apenas nove pontos em 21 possíveis representa fraco pecúlio para um clube com a dimensão do Benfica. Isto significa que se ficou por duas vitórias, três empates e duas derrotas nos setes desafios disputados na fase pós-pandemia, números que ficam muito aquém das perspectivas traçadas grosso modo.

Depois, os graves problemas registados após o confronto com o Tondela, no estádio da Luz, onde a equipa não foi além de um empate sem golos, após os portistas terem perdido na véspera frente à equipa do Famalicão, uma derrapagem que as águias desaproveitaram.

E, nesses problemas, não podem deixar de ser incluídas as inscrições ofensivas feitas nas casas de Pizzi, Rafa e Bruno Lage.

Pois foram exactamente estas três figuras que voltaram à ribalta nos dias mais recentes, com “amigos” do ex-treinador a deixarem escapar a informação segundo a qual os dois mesmos atletas, a que se juntou André Almeida, serem tidos como figuras que boicotaram o seu trabalho na condução da equipa, conduzindo ao actual estado de degradação em que se encontra. Até agora, Bruno Lage não tomou a iniciativa de desmentir a notícia, silêncio que, naturalmente, lhe empresta credibilidade.

A possível contratação de Jorge Jesus completa o ramalhete.

Tudo isto, junto, é um bom motivo para tirar o sono a Luis Filipe Vieira, já assombrado por uma oposição que promete fazer-lhe a vida cara nas próximas eleições de Outubro.