Trânsito. Homens cometem quatro vezes mais infrações do que as mulheres
26-09-2018 - 06:23
 • André Rodrigues Paulo Teixeira (sonorização)

Esqueça o ditado ‘mulher ao volante, perigo constante’. Os números estão aí para o provar.

Eles dizem que elas são perigo constante quando estão ao volante, porque elas dizem que eles protestam por tudo e por nada. Era preciso mais um estudo para desempatar esta guerra dos sexos, e aí está ele.

E, por mais que isso lhes desagrade - a eles - as mulheres são mais seguras na hora de pegar no carro. É o que conclui um estudo revelado pelo site Confused.com que investigou a realidade dos automobilistas em Inglaterra e no País de Gales.

Cruzando as taxas de aprovação dos exames de condução com o número de participações às seguradoras, este estudo conclui que, na esmagadora maioria dos casos, as mulheres saem por cima.

Desde logo, pagam menos pelo seguro do carro porque as próprias companhias percecionam a mulher como sendo mais segura. Em junho do ano passado, a diferença dos prémios de seguro entre homens e mulheres chegou às 120 libras. Ou seja, em média, em junho de 2017, um homem britânico pagava mais 130 euros pelo seu seguro automóvel do que uma mulher.

Há outra conclusão interessante: as mulheres levam mais tempo a aprender a conduzir. Em 2017, 53% dos candidatos a encartados eram mulheres, 47% homens.

Cerca de 30% das mulheres reprovaram e tiveram de repetir o exame. No caso dos homens, foram 23%. Só que, depois, quando chegam à estrada elas são mais confiáveis em matéria de segurança.

Senão, vejamos: em 600 mil infrações de trânsito cometidas em território britânico, quatro em cada cinco foram cometidas no masculino. Excesso de velocidade (três homens para uma mulher), ausência de seguro ou imposto de circulação (dois homens por mulher), condução sob o efeito do álcool (cinco homens por mulher), são apenas alguns exemplos.

Depois, há outros maus hábitos. Os homens são 31% mais propensos a fumar ao volante do que as mulheres, e 77% encostam-se propositadamente à traseira do veículo da frente, o chamado "Tailgate" que é responsável por mais de um terço dos acidentes de viação.

Só que elas também são visadas neste capítulo dos maus hábitos ao volante. As mulheres são 78% mais propensas a conduzir descalças e 35% mais tentadas a estacionar em zonas destinadas a viaturas familiares quando não levam os filhos no banco de trás.

Dito isto, homens e mulheres só coincidem num hábito pouco recomendável na estrada: comer durante a condução. Que, pode afinal de contas, ser tão perigoso como fumar ou falar ao telemóvel.