O treinador do Sporting, Rúben Amorim, não abriu o jogo em relação à provável saída para o Manchester United e promete que revelará o seu futuro na noite de sexta-feira, após o jogo com o Estrela da Amadora.
Em conferência de imprensa de antevisão ao jogo, esta quinta-feira, Amorim garantiu, no entanto, que "não há paz podre" no Sporting, ambiente com o presidente Frederico Varandas "não é de guerra" e que "não houve qualquer revolta no plantel".
O técnico leonino assume que "a situação é muito difícil" e que causa nervosismo até ao desfecho. Acredita ainda que é possível manter o plano de sair a bem com a direção leonina.
Pode confirmar que vai sair? "Sei que fizeram uma viagem para vir aqui falar sobre isso, é natural, mas vamos deixar isso para o fim do jogo. Falarei sobre todas essas questões no fim do jogo. Quero que a equipa se foque no jogo, prometo que no fim do jogo irei falar sobre isso e ficará tudo esclarecido. Falar agora é mais uma destabilização para o plantel".
Ser bicampeão não é aliciante o suficiente para ficar? "O Sporting ser bicampeão continua a ser a mesma ideia, isso não mudou. Aprofundar mais, só no fim do jogo. Neste momento, queremos dar mais um passo para esse objetivo. O foco é o Estrela da Amadora".
Faria algo diferente neste processo? "Não. Eu não controlei nada da situação, não poderia ter feito na diferente. No fim do jogo teremos tempo para aprofundar".
Como está a relação com o presidente e plantel? "Muito boa a minha relação com o presidente, amanhã também ficará esclarecido. Não há guerra nenhuma, muito menos paz podre. Não faz parte do meu feitio e do presidente. A preparação foi normal, senti os jogadores diferentes na palestra do Nacional, podia dizer que ninguém lê notícias e que não sentem ansiedade. Não houve revoltas nenhumas, havia quando eu cheguei cá. Eu conheço-os muito bem, não estavam normais naquele dia, mas claramente não houve revolta nenhuma, nem precisei que o Hjulmand segurasse os colegas. Desta vez foi mais normal do que o último jogo. Estamos prontos para vencer".
Mais sobre o futuro: "Sei que é difícil para todos, no fim do jogo abordaremos tudo. Não me parece que o presidente tenha dificultado ou forçado a minha saída, ele está a defender os interesses do clube e nisso não me meteria. No fim do jogo, ficarão muito esclarecidos. Adeptos podem gostar, ou não. Verão que não há paz podre, somos adultos e as coisas, às vezes, acontecem".
Como está a lidar com a situação? "A situação é muito difícil, não digo nervosismo, mas cansaço. Quando não sei o que se pode dizer, é mais difiícil, quando posso ser muito direto é muito mais fácil para mim. Toda a situação em si, tudo à volta, deixa-me bastante nervoso. É difícil focar nos jogos, mas estou a conseguir. A novela estará a acabar".
Sempre disse que quereria sair bem. Acha que ainda é possível? "Será cumprido, sem dúvida nenhuma... Se sair [risos]".
Estabilidade não é tudo? "Na vida todos temos fases em que estamos muito bem, mas falta-nos alguma coisa e queremos dar um passo em frente, sem saber se estamos a estragar o que temos ou não".
João Pereira está pronto? "Está claramente pronto, não só por ele, mas pela equipa técnica e do que vi da equipa B, até pelo que vejo quando os chamo. O Quenda é prova disso".
Viu o Manchester United ontem? "Estive a ver o Estrela, passei pelo Manchester City também, apesar de ter ainda muitas alterações. Se algo acontecer, o maior medo é de algo acontecer no fim do ano e poder ser uma das razões. É o maior medo até do que falhar noutras situações".
Antevisão ao Estrela? "Passa muito pelo objetivo de termos o melhor arranque, não houve muito tempo para recuperar, o Pote está de volta à convocatoria, Quaresma continua de fora. Fizemos o nosso trabalho tático, o Estrela mudou para um 3-4-3, o que nos ajudou, estamos habituados ao encaixe. Precisamos de vencer, queremos jogar bem e manter a posição no campeonato".