FC Porto tem de fazer 65 milhões em mais-valias até ao final da época
10-10-2019 - 10:46
 • Eduardo Soares da Silva com Renascença

A eliminação na terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões complicou as contas aos portistas, que contavam com os milhões da prova no orçamento para esta época. FC Porto não tem de vender jogadores em janeiro, mas sim até 30 de junho de 2020.

O FC Porto terá de fazer 65 milhões de euros em mais-valias de transferências, até ao final da presente temporada, de modo a cumprir com os regulamentos do Fair Play financeiro da UEFA, conforme foi anunciado, esta quinta-feira, durante a apresentação o Relatório e Contas da SAD.

A eliminação precoce da Liga dos Campeões, na terceira pré-eliminatória, complicou as contas à SAD portista, que contava com os receitas da prova para o orçamento desta época. O rombo financeiro da Champions obriga a fazer as contas por outro lado, pelo que este ano será "tão ou mais exigente" por causa disso, de acordo com o administrador financeiro da SAD do FC Porto, Fernando Gomes.

"Em 27 edições da Champions League, o FC Porto só falhou quarto, e este é um desses anos, logo num momento em que as receitas da competição triplicaram face aos anos anteriores. É um constrangimento acrescido e que não estavamos à espera. No orçamento, estava incluída uma receita de cerca de 50 milhões de euros e que nos vão fazer falta", disse.

Ainda assim, o FC Porto "recusa totalmente" as notícias de que estaria obrigado a vender jogadores em janeiro. O prazo para colmatar o falhanço na Liga dos Campeões é, na verdade, 30 de junho de 2020.

"As nossas preocupações não estão em janeiro. Até 30 de junho de 2020 é que temos de ter a situação regularizada. Não há nenhuma pressão para ter de resolver o que quer que seja em janeiro", frisou Fernando Gomes.

Os dragões cumprem, esta época, o último ano sob alçada financeira da UEFA e terão de apresentar obrigatoriamente resultados positivos na próxima temporada, de acordo com os objetivos estabelecidos.

As mais-valias correspondem ao valor líquido da venda, depois de descontados todos os custos associados e o valor do jogador que ainda faz parte do ativo - no caso de se tratar de um jogador da formação, este último item não se aplica.

[notícia atualizada às 11h59]