O FC Porto terá de fazer 65 milhões de euros em mais-valias de transferências, até ao final da presente temporada, de modo a cumprir com os regulamentos do Fair Play financeiro da UEFA, conforme foi anunciado, esta quinta-feira, durante a apresentação o Relatório e Contas da SAD.
A eliminação precoce da Liga dos Campeões, na terceira pré-eliminatória, complicou as contas à SAD portista, que contava com os receitas da prova para o orçamento desta época. O rombo financeiro da Champions obriga a fazer as contas por outro lado, pelo que este ano será "tão ou mais exigente" por causa disso, de acordo com o administrador financeiro da SAD do FC Porto, Fernando Gomes.
"Em 27 edições da Champions League, o FC Porto só falhou quarto, e este é um desses anos, logo num momento em que as receitas da competição triplicaram face aos anos anteriores. É um constrangimento acrescido e que não estavamos à espera. No orçamento, estava incluída uma receita de cerca de 50 milhões de euros e que nos vão fazer falta", disse.
Ainda assim, o FC Porto "recusa totalmente" as notícias de que estaria obrigado a vender jogadores em janeiro. O prazo para colmatar o falhanço na Liga dos Campeões é, na verdade, 30 de junho de 2020.
"As nossas preocupações não estão em janeiro. Até 30 de junho de 2020 é que temos de ter a situação regularizada. Não há nenhuma pressão para ter de resolver o que quer que seja em janeiro", frisou Fernando Gomes.
Os dragões cumprem, esta época, o último ano sob alçada financeira da UEFA e terão de apresentar obrigatoriamente resultados positivos na próxima temporada, de acordo com os objetivos estabelecidos.
As mais-valias correspondem ao valor líquido da venda, depois de descontados todos os custos associados e o valor do jogador que ainda faz parte do ativo - no caso de se tratar de um jogador da formação, este último item não se aplica.
[notícia atualizada às 11h59]