Pedro Nuno Santos não tem "memória de Governo que tenha começado tão mal"
04-05-2024 - 13:42
 • Tomás Anjinho Chagas

Líder do PS lamenta "incapacidade do governo" e rejeita que o Parlamento esteja a condicionar contas certas. Sobre os debates para as europeias, considera "excessivo" duelos entre todos os candidatos.

No dia em que se assinalam os primeiros 30 dias de Governo, o líder do PS, Pedro Nuno Santos, diz que não tem "memória de um governo ter começado tão mal" em Portugal.

As declarações do secretário-geral socialista foram feitas aos jornalistas no final da Comissão Nacional do PS, que decorreu este sábado num hotel em Lisboa.

"Sinceramente não tenho memória de um governo ter começado tão mal em funções", assinala Pedro Nuno Santos.

O secretário-geral socialista pede que "não desviem responsabilidades para quem no Parlamento está a fazer o seu trabalho" e lamenta a dramatização do executivo da AD, falando em "incapacidade" por parte do elenco escolhido por Luís Montenegro.

Questionado sobre a abolição das ex-SCUT - viabilizada pelo PS e Chega -, Pedro Nuno Santos rejeita que o Parlamento esteja a limitar o Governo e lembra que é assim que funciona o sistema político português.

"Temos de respeitar o Parlamento. Não é governar a partir do Parlamento, é o Parlamento a funcionar", defende o líder socialista, rejeitando igualmente a ideia de uma "coligação negativa" entre PS e Chega.

Aliás, o líder do PS aproveita ainda as declarações do líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, que ontem na SIC Notícias admitiu que tentou negociar algumas medidas com o Chega, para devolver a batata quente ao PSD.

"Era importante que parássemos com a conversa do Chega-PS. Estamos em polos opostos. Quem tem procurado acordos com o Chega é o PSD e quem o disse foi o líder parlamentar do PSD", desfere Pedro Nuno Santos.

O secretário-geral do PS rejeitou ainda falta de abertura para os debates para as europeias ao dizer que a campanha deve ser feita junto das pessoas e considera "excessivo" a existência de debates individuais entre todos os candidatos.

Além da situação política, este órgão do PS - o mais importante entre congressos - definiu ainda as datas das eleições para as federações (27 e 28 de setembro) e para as concelhias (5 e 6 de julho).