“Presépio na Cidade” lembra famílias na Síria
14-12-2016 - 15:30

Famílias portuguesas convidadas a participar na caminhada que no próximo sábado vai descer a Avenida da Liberdade até à Igreja de São Domingos, no Rossio, com a intenção de rezar pelas crianças e pelos seus pais que estão a sofrer com a guerra na Síria.

Em pleno Chiado, uma das zonas mais comerciais e turísticas de Lisboa, o “Presépio na Cidade” lembra a quem passa por que razão é Natal. Está, como nos outros anos, junto à Basílica dos Mártires. A agitação de quem vai às compras não impede que todos os dias, às 18h30, ali se reze o terço, junto ao presépio.

“Passa por lá muita gente, e rezam, até estrangeiros”, conta à Renascença Sofia Guedes, da organização, lembrando o caso de um casal de franceses: “Não tiveram vergonha de rezar de joelhos diante da nossa Senhora do Ó, que é a Nossa Senhora grávida, que está agora no Presépio até à bênção das grávidas. É um local muito especial”.

A bênção especial às grávidas e aos seus bebés é um dos momentos mais altos do “Presépio na Cidade”. Vai decorrer no próximo sábado, 17 de Dezembro, precisamente na igreja dos Mártires, às 18h30, e será presidida pelo bispo auxiliar de Lisboa, D. Joaquim Mendes. “É um momento sempre muito bonito e muito forte, para as mães e para a comunidade”, diz Sofia Guedes.

A cerimónia decorre no final da tradicional “Via da Alegria”, uma procissão pelas ruas de Lisboa que simboliza o caminho que a Sagrada Família fez até Belém onde nasceu Jesus, e que este ano terá uma intenção especial. “Será em solidariedade para com as crianças e as famílias sírias. Percebemos que o que é preciso neste momento é rezar. E estamos a responder a um apelo dos cristãos perseguidos na Síria, que aqui nos foi feito através da irmã Guadalupe, que a Fundação AIS trouxe recentemente a Portugal”, explica.

A “Via da Alegria” vai partir do Marquês de Pombal às 15h30, descer a Avenida da Liberdade até à igreja de São Domingos, ao Rossio, onde quem quiser poderá juntar-se à oração do terço, às 17h30. Sofia Guedes garante que “vai ser uma caminhada simples mas muito significativa, em que convidamos todas as famílias a serem solidárias, caminhando e rezando por estas famílias sírias, em particular as de Alepo”.