Ressacas que causaram fortes danos
19-09-2022 - 06:13

Mais onze pontos do que o Sporting, mais cinco que o Porto, são números que justificam alguma estranheza e, sobretudo, alguma preocupação em Alcochete e no Olival.

Depois de um meio de semana muito intenso e exigente para as equipas portuguesas que tomam parte nas competições da UEFA, Sporting e FC Porto sofreram os efeitos do desgaste que ambos deixaram à vista nos desafios em que tomaram parte a contar para o campeonato da primeira Liga.

Ao contrário, Benfica e Braga não pareceram atingidos pelo esforço despendido nos jogos que realizaram, em Turim e na Pedreira, tendo dado uma resposta inequívoca do valor real dos seus plantéis, em jogos a que ontem se assistiu, com os lisboetas a cilindrarem o inofensivo Marítimo, que até agora, em sete jornadas, não logrou amealhar um ponto sequer, e os minhotos a vencerem o Vizela, não obstante a réplica dada por esta equipa até aos minutos finais do jogo.

O que de menos bom aconteceu em relação a dois grandes, Sporting e Porto, teve forçosamente a ver com os desempenhos de ambos na Liga dos Campeões, se bem que isso não explique e justifique cabalmente as más exibições de leões e dragões, frente ao Boavista e Estoril Praia.

Para já, como consequências mais evidentes, temos a diferença pontual que, após sete jornadas apenas, os separa do topo da tabela onde o Benfica, impante, conta por vitórias todos os jogos disputados, e pode encarar os próximos tempos com alguma tranquilidade.

Mais onze pontos do que o Sporting, mais cinco que o Porto, são números que justificam alguma estranheza e, sobretudo, alguma preocupação em Alcochete e no Olival.

O mesmo não acontece com o Sporting de Braga que prossegue a sua caminhada no segundo lugar da tabela, separado por apenas dois pontos do comandante da classificação, e que promete vir a tornar-se na grande sensação desta temporada, com propósitos de se intrometer na discussão do título, de que tem sido arredado nos últimos anos. Aguardemos.

Por razões que estão bem à vista, leões e dragões têm fartos motivos para se repensarem, enquanto vai sendo tempo. É que a continuarem como até aqui, poderão vir a gerar crises de grande dimensão, que as respetivas massas associativas terão dificuldade em aceitar.