A acção de Brahimi na saída para o intervalo, do Dragão, no jogo de domingo à noite com o Vitória de Guimarães podia ter custado a expulsão ao argelino.
A opinião pertence ao ex-árbitro Duarte Gomes, que, em Bola Branca, explica que "se Artur Soares Dias quisesse ter sido muito rigoroso, podia ter expulsado o jogador do FC Porto”. Se isso não aconteceu, deveu-se ao facto de "ao olhar para aquele resvalar emocional", perceber que "Brahimi estava no limite máximo da sua intolerância e frustração", pelo que decidiu, com "bom senso, não valorizar aquela reacção".
Duarte Gomes considera que o árbitro fez uma "gestão de emoções", com isso "ganhou o espectáculo" e provavelmente "Brahimi já se arrependeu” do excesso cometido.
“Qualquer que fosse a opção estratégica do árbitro em relação ao seu rigor disciplinar seria criticável na mesma, por exemplo na semana passada um jogador também do Porto leva o segundo amarelo, o arbitro optou pela via do rigor e foi as consequências que foi (…) ou seja preso por ter e preso por não ter”, avança o antigo juiz internacional.
Duarte Gomes considera ainda que a actuação de Artur Soares Dias ontem à noite no Dragão esteve longe de ser bem conseguida.
“Também os árbitros têm dias e às vezes a sua predisposição física, emocional e concentração, tal como acontece com os jogadores, não está no seu máximo, por muito que tentem contrariar e entrar em “modo jogo” quando chegam ao relvado. O jogo teve um número anormal de lances dentro da área, umas quatro ou cinco situações, o Artur não esteve bem, não esteve como gostaria de ter estado”, esclarece.
No entanto, o agora comentador não reduz a exibição do árbitro a um "padrão de má forma", a menos que "acontecesse 4 ou 5 jogos consecutivos".