O Papa Francisco apelou este domingo à vigilância por parte dos católicos, agora que começa o Advento, as quatro semanas que antecedem a celebração do Natal.
Falando no Vaticano, durante a oração do Ângelus, Francisco disse que a “a pessoa vigilante é aquela que acolhe o convite a vigiar, isto é, de não se deixar dominar pelo sono do desânimo, da falta de esperança, da desilusão”.
Ao mesmo tempo, diz o Papa, é necessário rejeitar “a solicitação das muitas vaidades que transbordam no mundo e às quais, por vezes, se rendem sacrifícios de tempo e serenidade pessoal e familiar.”
“É esta a experiência dolorosa do povo de Israel, contada pelo profeta Isaías: Deus parecia ter deixado o seu povo afastar-se dos seus caminhos, mas isso era um efeito da infidelidade desse mesmo povo. Também nós nos encontramos frequentemente nesta situação de infidelidade ao chamamento do Senhor: Ele indica o bom caminho, o caminho da fé e do amor, mas nós procuramos a nossa felicidade noutro lado”, disse Francisco.
O Papa apelou à ajuda de Nossa Senhora para guiar os fiéis até Jesus. “A atenção e a vigilância são os pressupostos para não continuar afastado dos caminhos do Senhor, perdidos nos nossos pecados e na nossa infidelidade; são as condições para permitir que Deus irrompa na nossa existência, restituindo-lhe significado e valor com a sua presença plena de bondade e de ternura. Maria Santíssima, modelo de esperança no Senhor e ícone da vigilância, nos guie ao encontro do seu Filho Jesus, reavivando o nosso amor por Ele.”
Agradecimentos ao Myanmar e ao Bangladesh
No final da oração, como é habitual, Francisco falou da viagem apostólica que acaba de fazer, agradecendo aos povos que o acolheram.
“Voltei na passada noite da viagem apostólica ao Myanmar e ao Bangladesh. Agradeço a todos os que me acompanharam com as orações e convido-vos a unir-se a mim para dar graças ao Senhor, que me concedeu encontrar-me com a população, em particular a comunidade católica, e de ser edificado pelo seu testemunho.”
“Ficam marcadas em mim as memórias de tantos rostos provadas pela vida, mas nobres e sorridentes. Carrego-os no meu coração e nas minhas orações. Obrigado à população do Myanmar e do Bangladesh”, disse o Papa, perante os aplausos da multidão.
Francisco não esqueceu as Honduras, onde confrontos em torno das eleições já fizeram pelo menos sete motos e disse estar a rezar “para que possam ultrapassar de forma pacífica o actual momento de dificuldade”.