​Covid-19. Procura de autotestes subiu “cerca de dez vezes” no fim de semana
29-11-2021 - 16:47
 • Sandra Afonso , Eduardo Soares da Silva , com redação

Informação foi avançada à Renascença pela Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição.

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A procura de autotestes Covid-19 aumentou cerca de dez vezes no fim de semana nos supermercados e grandes superfícies, avança o diretor-geral da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED).

Em declarações à Renascença, Gonçalo Lobo Xavier explica que o aumento foi impulsionado sobretudo pela procura nos grandes centros urbanos.

“Nos grandes centros urbanos sentimos um aumento substancial da procura, cerca de dez vezes mais do que estávamos a sentir nos fins de semana anteriores.”

Os stocks estão já a ser reforçados, garante a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição, que afasta para já problemas de abastecimento ou impacto nos preços.

“Não está previsto sentir-se tão de repente e fortemente, como se sentiu este fim de semana, mas estamos seguros de que vamos dar resposta às necessidades dos consumidores. Para já, não estamos a sentir nenhuma dificuldade”, afirma Gonçalo Lobo Xavier.

Para já, a APED não tem indicação de que o preço dos testes para a Covid-19 tenha aumentado em relação aos últimos tempos.

No coração de Vila Nova de Gaia, a Farmácia Portela já não tem autotestes, como revela a farmacêutica Natália Estevães à Renascença: "Há um aumento grande nos últimos dias, hoje principalmente, mas no fim de semana verificou-se um aumento gradual da procura. Tínhamos bastantes autotestes, mas no fim de semana acabaram".

A maioria das pessoas que procura os testes é para despiste, devido ao aumento de casos nas últimas semanas: "Há uma procura grande para entrar em eventos, mas para despiste tem sido maior".

A Farmácia Leonardo é um estabelecimento de menor dimensões, também em Gaia, e a subida de preços é um obstáculo para garantir o "stock".

"Temos tido uma procura maior e somos impactados por uma dificuldade em arranjar os autotestes a preços competitivos. Espero que não esgotem, estamos a tentar encomendar nova remessa. Falhando, as pessoas vão ter de recorrer aos testes comparticipados, que também são uma problemática. Estamos a fazer os impossíveis para dar resposta, mas não é fácil e os preços também estão a subir e as comparticipações não", reconhece Natália Fernandes, diretora técnica da farmácia.

Nesta farmácia, já só é possível marcar um teste antigénio a partir do dia 9 de dezembro.

Portugal regista esta segunda-feira 13 mortes por Covid-19 e 1.635 novos casos, indica o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS).

Nos hospitais estão internadas 809 pessoas, no conjunto de enfermarias e unidades de cuidados intensivos, uma subida de 45 doentes em 24 horas.

Em relação aos indicadores da matriz de risco, o índice de transmissibilidade (Rt) desceu e a taxa de incidência aumentou.

O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) anunciou esta segunda-feira ter detetado 13 casos positivos da variante Ómicron, da Covid-19, em Portugal. Segundo uma nota enviada à Renascença, todas as infeções dizem respeito a elementos do Belenenses SAD.

[Atualizado às 18h00 - Reportagem em Vila Nova de Gaia]