Porta-voz do Kremlin confirma conversações com Ucrânia por videoconferência
13-03-2022 - 03:56
 • Lusa

A delegação russa foi liderada por Vladimir Medinsky, assistente do Presidente Vladimir Putin. Este sábado, o Presidente Russo falou ao telefone com o francês Emmanuel Macron e o alemão Olaf Scholz.

A Rússia e a Ucrânia conversam através de videoconferência numa nova ronda de negociações. A delegação russa liderada por Vladimir Medinsky, assistente do Presidente da Rússia, Vladimir Putin.

“Pela nossa parte, a delegação ainda é chefiada por Medinsky”, disse hoje o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, citado pela agência noticiosa russa TASS. A primeira ronda de conversações teve lugar na região de Gomel, a 28 de fevereiro, a segunda ocorreu a 3 de março, também na Bielorrússia, e resultou num acordo sobre corredores humanitários e a terceira ronda decorreu na região de Brest, na Bielorrússia, quatro dias depois.

Já na quinta-feira foi a vez de os ministros dos Negócios Estrangeiros russo e ucraniano, Sergey Lavrov e Dmitri Kuleba, respetivamente, falarem pessoalmente, num encontro à margem do Fórum Diplomático de Antalya, na Turquia.

Uma publicação na página de internet do Kremlin, neste sábado, revelou que Vladimir Putin falou com “o Presidente francês, Emmanuel Macron, e o chanceler alemão, Olaf Scholz, em detalhe sobre a recente série de conversações entre representantes russos e ucranianos que tiveram lugar nos últimos dias em formato de vídeo”.

Na sequência da conversa telefónica, fontes no Eliseu asseguraram que Putin não tenciona “parar a guerra”, embora tenham notado uma mudança de tom no discurso do líder russo, uma vez que já não aborda a alegada necessidade de “desnazificação” da Ucrânia ou o afastamento do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

A Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 564 mortos e mais de 982 feridos entre a população civil e provocou a fuga de cerca de 4,5 milhões de pessoas, entre as quais 2,5 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.