Um quarto dos professores não se candidatou a um lugar nos quadros
06-06-2023 - 15:14
 • Fátima Casanova

Para as mais de 8.200 vagas disponibilizadas pelo Ministério da Educação, concorreram 6.159 professores. Há docentes que não quiseram arriscar dar aulas longe de casa.

De acordo com os números divulgados à Renascença pelo Ministério da Educação, para as 8223 vagas concorreram 6159 docentes, o que corresponde a 75% dos lugares disponibilizados ao abrigo da vinculação dinâmica.

Estes professores no próximo ano letivo vão manter-se no Quadro de Zona Pedagógica, onde se encontram atualmente, mas em 2024/2025 têm de concorrer a todas as zonas do país.

Esta foi de resto, uma das questões que opôs sindicatos ao Ministério da Educação e que motivou os pedidos ao Presidente da República para que não promulgasse o diploma do novo regime de gestão e recrutamento de professores. Marcelo Rebelo de Sousa acabou por promulgar, alegando que um veto iria prejudicar milhares de professores que poderiam querer entrar nos quadros, através destas novas regras.

Os outros 2.064 que reuniam condições de concorrer ao novo concurso aberto pelo Governo, optaram por continuar em regime de contrato, ou seja, com um vínculo precário ao Estado.

De recordar que em maio, o Ministério da Educação abriu o concurso para a nova forma de vinculação, revelando que a maioria das vagas para o concurso era para os quadros de zona pedagógica do norte litoral, entre Viana do Castelo e Porto (3.204), e Lisboa (1.537).

Para além da entrada destes mais de seis mil professores nos quadros, há mais 2.393 docentes que vão vincular ao abrigo da chamada norma travão, que permite a entrada nos quadros, de professores que tenham três contratos anuais e completos.

Somando estas duas formas de vinculação, este ano entram nos quadros 8.552 docentes, preenchendo 80,5% das vagas abertas pelo Ministério da Educação.