Catarina Martins quer derrota de Le Pen e já pensa no dia seguinte
24-04-2022 - 17:17
 • Lusa

Questionada acerca dos perigos de uma eventual vitória de Marine Le Pen no escrutínio deste domingo, a responsável partidária disse que "qualquer projeto que seja baseado no ódio é um projeto que é um risco, é um risco para a França, para a Europa, e para o mundo".

Catarina Martins, expressou o desejo de que a candidata de extrema-direita Marine Le Pen seja derrotada nas eleições presidenciais francesas deste domingo, pensando já "no dia seguinte" para mobilizar a esquerda.

"O que espero é que Marine Le Pen seja derrotada nestas eleições. Espero que toda a gente que preza valores básicos de democracia e direitos humanos vá votar, e vá votar para derrotar Marine Le Pen", disse, no Porto, a coordenadora do BE.

Catarina Martins falava aos jornalistas no Cinema Trindade, antes de uma sessão do festival de cinema Desobedoc, que serviu para homenagear o fundador do partido Miguel Portas, falecido há dez anos.

"Espero também que nas legislativas que vão ser já a seguir em França o projeto de esquerda forte como o de Jean-Luc Melénchon provou ser, e da França Insubmissa, possa ter um grande resultado", acrescentou posteriormente.

Para Catarina Martins, França enfrenta a opção entre Emmanuel Macron (liberal) e Marine Le Pen "porque as políticas liberais de Macron também provocaram enormes desigualdades sociais, enorme descrença na democracia".

"Bem sei que Macron e as suas políticas liberais são causadores de enormes sentimentos de injustiça e de injustiça social em França, mas para construir melhores projetos é preciso mesmo derrotar Le Pen", vincou.

Esses "projetos fortes", segundo Catarina Martins, são de "democracia, de Estado social, de justiça que a França e a Europa bem precisam".

Questionada acerca dos perigos de uma eventual vitória de Marine Le Pen no escrutínio deste domingo, a responsável partidária disse que "qualquer projeto que seja baseado no ódio é um projeto que é um risco, é um risco para a França, para a Europa, e para o mundo".

"Não precisamos de mais governantes que sejam dirigidos pelo ódio e que se alimentem do ódio", disse.