​Bloco abre porta a maioria de esquerda em Lisboa
11-09-2017 - 11:27
 • Cristina Nascimento

Ricardo Robles diz que o BE está disponível para participar num executivo de esquerda em Lisboa. Revelação foi feita durante o debate da Renascença com os seis principais candidatos à câmara da capital.


O Bloco de Esquerda (BE) mostra-se disponível para um entendimento entre esquerdas em Lisboa. Esta segunda-feira, no debate na Renascença com os seis principais candidatos à câmara da capital, Ricardo Robles garante que o Bloco está disponível “para uma viragem à esquerda”.

O bloquista foi, no entanto, o único a admitir desde já este entendimento. O socialista Fernando Medina, actual presidente da autarquia, questionado sobre se seria possível em Lisboa um acordo semelhante ao que sustenta no Parlamento o Governo de António Costa, Medina limitou-se a dizer que os “cenários pós-eleitorais devem ficam para os analistas”. “Este é o momento de a cidade escolher quem quer”, disse Medina.

Na mesma linha, também o candidato do PCP João Ferreira garante que nesta altura não se deve “antecipar os resultados”. “Agora é tempo de os eleitores escolherem”, disse, lembrando a experiência do partido na gestão autárquica. “O programa que apresentamos é uma alternativa”, acrescentou.

Perante esta hipótese, Assunção Cristas, a líder do CDS que se candidata à autarquia da capital, garantiu que ela será a melhor opção a Lisboa, “visto todos estarem prontos a unirem-se a Fernando Medina”.

Quanto a Teresa Leal Coelho (PSD), a candidata questionou Medina se tem disponibilidade para dialogar com o PSD, em caso de vitória social-democrata. A pergunta ficou sem resposta.

Já Inês Sousa Real, do Pessoas–Animais–Natureza, lembrou que uma mulher nunca ocupou o cargo de presidente da Câmara de Lisboa e que agora seria uma boa oportunidade para tal acontecer.