O rali de Portugal promete animar os próximos dias. Vai ser piqueniques ao longo dos traçados poeirentos, milhares de espectadores que querem assistir na primeira fila aos saltos espetaculares e à perícia dos pilotos nas curvas apertadas. E tudo, claro está, de câmara fotográfica na mão para tirar o melhor boneco e juntar ao álbum de recordações.
Imagine 100 mil pessoas concentradas em apenas dois quilómetros de troço entre o Salto e o Confurco. Bandeiras de várias nacionalidades marcam o território dos grupos de espectadores. Há espanhóis, quase tantos como os portugueses.
Fafe, fãs e febre. O Rali de Portugal é tudo isto. 20 especiais, 350 quilómetros de emoção, decibéis acima do normal toneladas de poeira pelo ar.
E grande expectativa em particular para perceber se o atual campeão do mundo, Sebastien Ogier, conseguirá derrubar o recorde de cinco vitórias em Portugal, alcançado há 31 anos por Markku Allen?
Em 2017, o francês (Ford Fiesta) igualou o número de triunfos do antigo piloto finlandês: Markku Allen foi o mais rápido em 1975, 1977, 1978, 1981 e 1987.
No ano passado, Ogier - tetracampeão do mundo - conquistou o seu 40.º rali, o segundo da temporada, depois do triunfo em Monte Carlo.
Mas isto do rali de Portugal não é só carros a fazer barulho, espectadores em êxtase e poeira no ar.
O setor da hotelaria é o grande impulsionador do retorno económico.
No ano passado, foram 137 milhões de euros para a economia do norte do país. Mais de 34 milhões de euros por dia.