350 quilómetros de emoções. Mais de 100 milhões de retorno económico
17-05-2018 - 09:27
 • André Rodrigues , Paulo Teixeira (sonorização)

​Aí está o fim de semana em que Portugal é o norte do país. Ou, pelo menos, o Portugal que aprecia desporto automóvel.

O rali de Portugal promete animar os próximos dias. Vai ser piqueniques ao longo dos traçados poeirentos, milhares de espectadores que querem assistir na primeira fila aos saltos espetaculares e à perícia dos pilotos nas curvas apertadas. E tudo, claro está, de câmara fotográfica na mão para tirar o melhor boneco e juntar ao álbum de recordações.

Imagine 100 mil pessoas concentradas em apenas dois quilómetros de troço entre o Salto e o Confurco. Bandeiras de várias nacionalidades marcam o território dos grupos de espectadores. Há espanhóis, quase tantos como os portugueses.

Fafe, fãs e febre. O Rali de Portugal é tudo isto. 20 especiais, 350 quilómetros de emoção, decibéis acima do normal toneladas de poeira pelo ar.

E grande expectativa em particular para perceber se o atual campeão do mundo, Sebastien Ogier, conseguirá derrubar o recorde de cinco vitórias em Portugal, alcançado há 31 anos por Markku Allen?

Em 2017, o francês (Ford Fiesta) igualou o número de triunfos do antigo piloto finlandês: Markku Allen foi o mais rápido em 1975, 1977, 1978, 1981 e 1987.

No ano passado, Ogier - tetracampeão do mundo - conquistou o seu 40.º rali, o segundo da temporada, depois do triunfo em Monte Carlo.

Mas isto do rali de Portugal não é só carros a fazer barulho, espectadores em êxtase e poeira no ar.

O setor da hotelaria é o grande impulsionador do retorno económico.

No ano passado, foram 137 milhões de euros para a economia do norte do país. Mais de 34 milhões de euros por dia.