MAS foi ao hospital criticar a "Geringonça"
24-09-2019 - 18:21
 • Ana Carrilho

Se o PS conseguir a maioria absoluta, a culpa também é do BE e do PCP, afirma Gil Garcia, líder do Movimento Alternativa Socialista.

O Movimento Alternativa Socialista (MAS) considera que a “Geringonça” ficou aquém do esperado nos últimos quatro anos. Na primeira ação de campanha que decorreu à porta do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, o líder Gil Garcia deixou claro que os partidos à esquerda viabilizaram vários orçamentos que deveriam ter condicionado à satisfação do sector da Saúde, aquele que a população sente “mais deficitário”.

O tema da Saúde foi o escolhido para a primeira ação de campanha do MAS, porque o primeiro-ministro anunciou que ia ser “a joia da coroa na próxima legislatura”, justificou Gil Garcia em declarações aos jornalistas. “Mas não se percebe porque é que não a considerou já nos últimos quatro anos.”

A esquerda parlamentar, diz Gil Garcia, satisfez-se com "alguns trocos, já que o PS não se mostrou disponível para aprovar muitas das propostas do BE, PCP e Verdes.

E estes partidos vão pagar por isso. “O facto de terem apoiado o Governo minoritário durante os quatro anos, acabou por branquear a política do PS e fortalecer o Partido Socialista. Provavelmente, vão sair prejudicados eleitoralmente. Não perdem os grupos parlamentares, mas em vez de se reforçarem, reforçam o PS”, conclui diz Gil Garcia para quem a solução é o voto noutras forças representativas “que não sejam tão obedientes ao Partido Socialista, entre as quais o MAS”.

À entrada do Hospital de Santa Maria meia dúzia de elementos do MAS instalaram uma balança improvisada com cartão para demonstrar que o Estado tem recursos mas não os tem distribuído de forma equilibrada. Num prato, mais pesado estavam os bancos BES, BPN, Banif e Caixa Geral de Depósitos; no outro, mais leve, estavam as placas com referência à Educação, SNS, Habitação, Salários e Ambiente.

Entre as propostas apresentadas pelo Movimento Alternativa Socialista está o aumento do salário mínimo para 900 euros, fim das Parcerias Público-Privadas e investimento no Serviço Nacional de Saúde, auditoria imediata à dívida pública e combate á violência sobre a mulher.