Novo ciberataque de grande dimensão na Defesa. Documentos podem ter sido exfiltrados
28-09-2022 - 11:05
 • Olímpia Mairos

A ministra da Defesa, Helena Carreiras, já informou o Ministério Público.

O Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA) sofreu um novo ciberataque contra o seu sistema informático esta semana.

O Diário de Notícias escreve esta quarta-feira que o gabinete da ministra da Defesa Nacional, Helena Carreiras confirmou o ataque, adiantando que já foi reportado ao “Ministério Público a ocorrência de um ataque informático à rede do EMGFA”.

Contactado pela Renascença esta quarta-feira, o gabinete da ministra limitou-se a indicar que "o Ministério da Defesa Nacional confirma que reportou ao Ministério Público a ocorrência de um ataque informático à rede do EMGFA".

De acordo com fontes, citadas pelo jornal, o ataque foi “grave”, admitindo-se que “pode ter havido exfiltração de documentos e relatórios”. Sublinha-se, no entanto, que ainda se está a apurar exatamente quais foram os danos causados.

A ministra Helena Carreiras vai ser ouvida no Parlamento no próximo dia 11 de outubro, à porta fechada, sobre o ciberataque que levou à exfiltração de documentos classificados da NATO, a requerimento do PSD.

O Ministério Público abriu, no passado dia 13 de setembro, um inquérito ligado ao ciberataque contra o Estado-Maior-General das Forças Armadas, em que documentos classificados da NATO foram extraídos e colocados à venda na “dark web”.

Portugal tem vindo a ser alvo de vários ataques informáticos destacando-se, por exemplo, o ciberataque à TAP ocorrido em agosto e que resultou na divulgação “online” de dados pessoais de clientes da companhia aérea.

Também a Câmara Municipal de Loures foi alvo na semana passada de um ataque informático “malicioso e deliberado” que, segundo a autarquia, teve como objetivo “provocar perturbações no sistema e serviços informáticos”.