O fenómeno dos animais de estimação em números
06-02-2020 - 06:46
 • André Rodrigues , Paulo Teixeira (sonorização)

Mais de metade das famílias portuguesas têm animais em casa, mas é a Argentina que fica em primeiro lugar no que toca ao amor aos bichos de estimação.

Se tem um cão, um gato ou até um peixinho num aquário, saiba que faz parte dos 54% dos lares portugueses que, atualmente, têm, pelo menos, um animal de estimação. Estamos a falar de, aproximadamente, 6,7 milhões de animais.

No total, 33% são cães, 23% são gatos, 12% são peixinhos, 6% são passarinhos e outros 6% correspondem a outros animais, como coelhos, tartarugas, hamsters e outras excentricidades, como tarântulas, dragões barbudos, iguanas, cobras e outros lagartos.

Há sítios no mundo onde ter um bicho em casa é mesmo natural, quase uma tradição. Aliás, o fenómeno de popularidade dos animais de estimação está mesmo concentrado numa só região do mundo.

Então, na Argentina, 82% dos lares têm animais de estimação. Seguem-se o México, com 81% e o Brasil com 76%.

Vamos pegar no caso brasileiro para percebermos as diferenças. Portugal tem 92 mil quilómetros quadrados, 10 milhões e 300 mil habitantes e 6,7 milhões de animais de estimação. O Brasil, 8,5 milhões de quilómetros quadrados, pouco mais de 210 milhões de habitantes e, aproximadamente, 140 milhões de animais de estimação

O Brasil é 92 vezes maior do que Portugal, tem 21 vezes a população portuguesa e 21 vezes mais animais de estimação. Aqui a lógica linear, quase tanto como a presença dos animais de estimação em função da cultura e da tradição dos locais.

Ao contrário do que acontece nos países da América Latina, é no Extremo Oriente que encontramos os três locais com maior percentagem de lares onde não há animais de estimação. Coreia do Sul (68%), Hong Kong (64%) e Japão (62%).

Acredite, o amor aos bichos - ou a falta dele - é mesmo um fenómeno cultural.