O PCP defendeu que a fuga de cinco reclusos do Estabelecimento Prisional de Vale de Judeus revela "falhas graves de segurança" e considerou inexplicável o silêncio do Governo sobre este caso.
"O PCP considera que o ocorrido revela falhas graves de segurança, que importa apurar em toda a sua extensão, que confirmam os alertas do PCP e as iniciativas que ao longo dos anos apresentou", lê-se num comunicado divulgado pelo partido sobre a fuga de cinco reclusos do Estabelecimento Prisional de Vale dos Judeus.
O PCP recorda que apresentou iniciativas "seja sobre a necessidade do reforço do efetivo do corpo de guardas prisionais, seja sobre os necessários investimentos nas infraestruturas com vista a dotá-las de condições para cumprir o seu papel". Para o partido, a situação "torna ainda mais inexplicável o silêncio do Governo sobre este acontecimento e as medidas que urge adotar".
Cinco reclusos fugiram no sábado do Estabelecimento Prisional de Vale de Judeus, em Alcoentre, no concelho de Azambuja, distrito de Lisboa.
A fuga foi registada pelos sistemas de videovigilância pelas 09:56, mas só foi detetada 40 minutos depois, quando os reclusos regressavam às suas celas.
Os evadidos são dois cidadãos portugueses, Fernando Ribeiro Ferreira e Fábio Fernandes Santos Loureiro, um cidadão da Geórgia, Shergili Farjiani, um da Argentina, Rodolf José Lohrmann, e um do Reino Unido, Mark Cameron Roscaleer, com idades entre os 33 e os 61 anos.
Foram condenados a penas entre os sete e os 25 anos de prisão, por vários crimes, entre os quais tráfico de droga, associação criminosa, roubo, sequestro e branqueamento de capitais.