O Papa lembrou, esta quarta-feira, no Vaticano, as vítimas da guerra no Iraque, em particular na cidade de Mossul, e pediu respeito pelas minorias étnicas e religiosas no país.
“O meu pensamento vai para as populações aprisionadas nos bairros ocidentais de Mossul e aos deslocados por causa da guerra, aos quais me sinto unido no sofrimento, através da oração e da proximidade espiritual”, disse Francisco, perante a multidão reunida na Praça de São Pedro para a audiência pública semanal.
Francisco saudou a delegação de “superintendências iraquianas”, composta por representantes de vários grupos religiosos e acompanhada pelo cardeal Tauran, presidente do Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-religioso.
“A riqueza da cara nação iraquiana está precisamente neste mosaico que representa a unidade na diversidade, a força da união, a prosperidade na harmonia”, declarou.
O Papa convidou todos a rezar para que o Iraque “encontre na reconciliação e na harmonia entre as suas várias partes, étnicas e religiosas, a paz, a unidade e a prosperidade”.
“Ao exprimir profunda dor pelas vítimas do sangrento conflito, renovo a todos o apelo para que se empenhem com todas as suas forças na protecção dos civis, como obrigação imperativa e urgente”, concluiu.
As forças iraquianas lançaram uma ofensiva sobre a parte ocidental de Mossul no último mês; segundo testemunhos recolhidos pela ONU, os jihadistas do autoproclamado ‘Estado Islâmico’ (EI) estão a obrigar os civis a permanecer em suas casas.
A estação britânica de televisão Sky noticiou a descoberta de uma vala comum, nos arredores da cidade de Mossul, alegadamente com mais de seis mil corpos de pessoas mortas pelo EI.
O avanço das tropas iraquianas tem provocado também um elevado número de baixas entre os civis, sobretudo por causa dos bombardeamentos aéreos.