Rui Moreira “não meteu cunhas nem pediu cabeças” sobre os fundos para o Porto
14-06-2016 - 01:04
 • Raquel Abecasis

O autarca do Porto nega qualquer responsabilidade no afastamento do presidente da CCDRN, na sequência do processo dos fundos comunitários 2020.

Rui Moreira diz, em entrevista à Renascença, que a polémica em torno da distribuição de fundos do quadro comunitário 2020 está mal contada e acusa os municípios que se queixam de falta de solidariedade do Porto de estarem a contar a história ao contrário.

“Cada um deles serviu-se muito bem, fez o seu negócio, assinou, não tiveram nenhuma solidariedade com o município do Porto, com o município de Gaia ou com o município de Paredes por terem sido claramente prejudicados. Portanto agora, como viram que nós apesar de tudo conseguimos mais 20 milhões para a região Norte, estão muito preocupados porque acham que isto foi uma traição. Eu não vejo traição da parte de ninguém. Olhe, o meu eleitorado eu não traí de certeza”, diz.

O autarca afasta qualquer responsabilidade no afastamento do presidente da CCDRN na sequência de todo este processo.

“Em nenhum momento ouviram o presidente da Câmara do Porto dizer que queria a cabeça do professor Emídio Gomes, ao contrário de quem disse que nós tínhamos ido a lisboa de gatas pedir alguma coisa ao ministro”, afirmou, em referência às acusações feitas pelo economista Álvaro Santos Almeida, no programa Conversas Cruzadas, da Renascença.

“Eu nunca fui a Lisboa falar com o ministro, nunca falei com o ministro Pedro Marques em Lisboa, fica esta nota. E portanto a única coisa que sucedeu foi que a nós foi-nos prometido uma coisa, que aceitamos e essa coisa foi concretizada. Se isto se deveu a um acto de desobediência, é algo que só o senhor ministro pode esclarecer”, afirma Rui Moreira.