A construção resistiu à pandemia e poupou o país a uma recessão ainda mais grave – o sector não parou de trabalhar desde o início da crise epidemiológica e o investimento cresceu 0,3%.
Foi um dos desempenhos chave na economia a levar o Banco de Portugal a prever, há dias, uma queda de 8,1% do PIB nacional, na revisão em alta da estimativa de crescimento de 9,5%, estimativa de junho.
A forma como o investimento resistiu á crise, em particular o relacionado com a construção, terá surpreendido o Banco de Portugal. O governador Mário Centeno, na conferência de imprensa de apresentação do boletim económico de Outubro, reconheceu que a revisão em alta da projeção para a economia se deve “a um segundo trimestre substancialmente melhor do que estava previsto”.
Este quadro mais suave registou-se porque na construção o investimento parece não ter sido afetado pela pandemia e continuou a crescer, registando uma variação positiva de 0,3% no primeiro semestre e mesmo uma aceleração no segundo semestre, no zénite do confinamento.
Como é que um setor em plena readaptação reage tão positivamente à crise? Que desafios a pandemia coloca? Como reage aos apoios e determinações da União Europeia das metas para a descarbonização da economia até 2050?
A estas e outras questões responde Manuel Reis Campos, o presidente da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN) e da Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI).
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