Três em cada quatro portugueses usam o telemóvel em operações bancárias
21-09-2017 - 16:26
 • Sandra Afonso

Esta mudança de hábitos implica poupanças que beneficiam a banca e podem também aliviar os clientes, acredita directora-geral da Visa.

Três em cada quatro portugueses já usam o telemóvel ou tablet para pagamentos e outras operações bancárias, segundo um estudo apresentado esta quinta-feira pela Visa.

Este trabalho realizado em 22 países europeus, incluindo Portugal, refere que os consumidores sentem-se mais seguros em usar os pagamentos móveis, sobretudo os “millennials”, a geração que já nasceu depois de 2000.

Mais de metade dos clientes bancários em Portugal já paga o restaurante, o táxi, a conta do supermercado ou o bilhete de cinema, transfere dinheiro e consulta o saldo pelo telemóvel, de acordo com o estudo.

Chama-se “mobile banking” e disparou entre os portugueses, sobretudo entre a geração entre os 18 e os 34 anos, que já está acima da média europeia. Quem ainda não usa espera começar a usar nos próximos três anos, altura em que 94% já deverá movimentar o dinheiro através dos dispositivos móveis.

São resultados surpreendentes, diz a directora-geral da Visa Portugal. Segundo Paula Antunes da Costa, a tendência será para se usar cada vez menos dinheiro.

Na Suécia, por exemplo, apenas 2% das transações são feitas em dinheiro. Esta mudança de hábitos implica poupanças que beneficiam o sistema, a banca e podem também aliviar os clientes.

“Esse pagamento vai tornar-se cada vez mais obsoleto e menos necessário e daí vamos também retirar custos ao sistema, que são elevadíssimos, e tirar dinheiro de circulação vai tornar toda a nossa economia mais eficiente, com benefícios em termos de poupança de custos para as instituições financeiras e com isso beneficiar, obviamente, os utilizadores”, diz Paula Antunes da Costa.

Ainda segundo este estudo, os consumidores sentem-se mais seguros com a tecnologia móvel, mas em Portugal 64% ainda referem que a segurança é uma preocupação e metade tem reservas sobre a diminuição da privacidade. Paula Antunes da Costa garante que estas são questões prioritárias.

Os dados biométricos, como impressões digitais e o scâner da íris, estão a ganhar cada vez mais adeptos, acima de 80% das respostas.