Regresso às discotecas. "O que mais me fez falta foi dançar"
01-10-2021 - 06:03
 • Sofia Freitas Moreira

A data por que muitos ansiavam chegou. O dia 1 de outubro marca a última fase do processo de desconfinamento e mais um passo em direção à antiga normalidade. As pistas de dança reabriram, sem máscaras e sem restrições de horários, e a Renascença foi até ao Village Underground, em Lisboa, para registar o momento.

O primeiro minuto desta sexta-feira, 1 de outubro, marcou o regresso às pistas de dança. Mais de ano e meio depois da chegada da pandemia de Covid-19, os fãs das noites de festa voltam às discotecas portuguesas.

O entusiasmo do regresso foi evidente e transversal a todos os que decidiram sair de casa no dia do início da última fase de desconfinamento.

“Estamos muito contentes por podermos ir a uma festa até às tantas, sem ter horas. Estamos todas vacinadas e muito felizes”, relata à Renascença uma das jovens à porta do Village Underground, em Lisboa.

Este foi um dos poucos espaços noturnos, na capital, que optou por abrir as portas no primeiro minuto da nova fase das vidas dos portugueses.

“Estou entusiasmado e acho que agora a malta vai compensar o tempo em que esteve em casa, ao divertir-se um pouco mais à noite e a voltar a sair, que é o que os negócios precisam”.

De forma tranquila, as pessoas foram chegando ao espaço, sem filas e sem pressas. Com a opção de permanecerem no exterior da discoteca, apenas algumas dezenas se aventuraram a explorar a pista de dança fechada.

Depois de uma luta de 18 meses para sobreviver, a proprietária Mariana Duarte relata, em entrevista à Renascença, o entusiasmo e a vontade de voltar ao trabalho.

“Estávamos muito ansiosos para que este dia chegasse. Daí optarmos por fazermos isto logo na primeira noite em que foi possível, no primeiro minuto”.

Sem restrições de horários e sem máscaras, o regresso à normalidade parece quase total, mas ainda há algumas regras a cumprir. O certificado digital à entrada que ateste a vacinação contra a Covid-19, a recuperação, caso já tenha estado infetado, ou o teste negativo são obrigatórios para entrar nos bares e discotecas.

Para alguns, a responsabilidade também é requisito obrigatório. “Se tivermos todos os cuidados, isto vai lá. Estamos entusiasmadíssimos”, conta um dos jovens à porta do estabelecimento.

Para muitos, o “cheirinho a liberdade” e a música fizeram falta nos últimos 18 meses.

“Este regresso à liberdade é bom e vai ser divertido. O que mais me fez falta foi a dança”, desabafa uma das dezenas de pessoas que aguardavam pelo início da festa no Village Underground.

É mais um passo em direção à antiga normalidade, numa altura em que Portugal está prestes a atingir os 85% da população com a vacinação completa.