Presidente da JMJ anuncia reunião “na próxima semana” entre envolvidos
27-01-2023 - 16:52
 • Carla Caixinha

D. Américo Aguiar sublinha que o objetivo é fazer melhor e que não faz sentido "alimentar o passa culpas".

O presidente da Fundação Jornada Mundial da Juventude 2023 voltou a comentar as críticas à construção do palco-altar no valor de 4,24 milhões. D. Américo Aguiar anunciou uma reunião entre todos os envolvidos na organização da JMJ, na próxima semana, e que o importante agora é corrigir e sincronizar.

"Estamos a organizar pela primeira vez um evento desta dimensão e estamos a aprender", lembrou o bispo auxiliar, acrescentando que nesta reunião vão rever o projecto ponto por ponto.

“Nós temos que ver o que é que tem que ser mesmo feito face a uma estrutura que tem a altura de três andares. Na próxima semana vamos ter uma reunião com os vários intervenientes de maneira a ver o que se pode eliminar.”

Questionado sobre a reação do Vaticano, o presidente da JMJ disse que a Santa Sé respondeu o que está certo, pois “não tem absolutamente nada a ver…nem com este palco, nem com nenhuma das adjudicações. Isso é uma responsabilidade das entidades organizadoras – é nossa”.

D. Américo Aguiar diz que não quer mais surpresas sobre os custos da organização da Jornada Mundial da Juventude e, por isso, o acompanhamento vai ser mais próximo e constante.

O altar em questão será usado pelo Papa Francisco para celebrar a última missa da JMJ, que terá lugar entre 1 e 6 de agosto.

O contrato de adjudicação direta para a construção do palco foi divulgado na semana passada, gerando indignação e críticas à autarquia de Carlos Moedas. Questionado sobre o assunto, o autarca reconheceu que o preço do projeto é elevado, mas explicou que "as especificações daquele palco foram definidas em reuniões que tivemos com a JMJ, a Igreja e a Santa Sé", prevendo a participação no evento religioso de até 1,5 milhões de pessoas.

Já na quinta-feira, o bispo auxiliar de Lisboa admitiu que o custo do altar-palco "é um número que magoa", garantindo que iria tentar perceber a razão do valor e corrigir.

Entretanto, o Vaticano demarcou-se dos gastos com altar-palco da JMJ. O assessor do Vaticano, Matteo Bruni, explicou que “a organização do evento é local” e que, portanto, as decisões sobre custos recaem sobre a autarquia da capital portuguesa.

A Jornada Mundial da Juventude, considerada o maior acontecimento da Igreja Católica, vai realizar-se este ano em Lisboa, entre 1 e 6 de agosto, sendo esperadas cerca de 1,5 milhões de pessoas.

As principais cerimónias da jornada decorrem no Parque Tejo, a norte do Parque das Nações, na margem ribeirinha do Tejo, em terrenos dos concelhos de Lisboa e Loures.