Marcelo: “Deve ter havido muito pânico e depois a vida passa a ser aleatória”
14-01-2018 - 12:45
 • João Carlos Malta

O Presidente da República está em Vila Nova da Raínha, em Tondela, para estar perto dos que perderam familiares e amigos no incêndio numa associação recriativa.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, foi este domingo a Vila Nova da Raínha, Tondela, e esteve no local em que no sábado oito pessoas perderam a vida, e outras 38 ficaram feridas, na sequência de um incêndio numa associação recriativa. “Deve ter havido muito pânico e depois a vida passa a ser aleatória”, disse o Presidente aos jornalistas nas imediações do edífico em que ocorreu a tragédia.

Em relação às condições que o local do acidente apresentava para funcionar, Marcelo Rebelo de Sousa diz que o presidente da autarquia lhe garantiu que "o licenciamento estava preenchido".

Marcelo justifica a presença no local, e também dos deputados e autarcas da região, porque "este é um daqueles choques que são muito fundos nas pessoas."

O Presidente da República foi ao interior da associação onde diz que ficou com uma ideia clara do que pode ter sucedido. "Vi a posição das mesas, a localização das pessosas, da salamandra e a saída para as escadas. Havia duas saídas e duas portas mas as pessoas foram todas para a da esquerda. Uma porta podia ter sido ultilizada mas acabou por não o ser e podia ter sido a saída. Mas agora é fácil de dizer outra coisa é viver", resume Marcelo.

"Percebe-se ainda alguns ferimentos que várias pessoas apresentam nos braços que se deve a estarem a proteger-se de uma possível queda do tecto", acrescentou.

O Presidente quis ainda apresentar as condolências e a solidariedade aos familiares das vítimas e dos feridos, para depois reconhecer e louvar a forma como várias instituições respnderam num curto espaço de tempo à tragédia. "Foram todos excepcionais. Tudo funcionou", defendeu.

"É uma daquelas situações que não queríamos que ocorressem", resume o Presidente.

Questionado sobre o que se pode dizer a uma população que ainda há três meses foi também vítima dos grandes fogos de 15 de Outubro, Marcelo não hesitou: "São uns resistentes, são solidários".