A direção do Centro Paroquial de Bem-Estar Social de Cacilhas, em Almada, confirmou esta terça-feira que foi reportado por uma mãe um alegado caso de abuso sexual, mas esclarece que o padre em causa “não estava nas instalações”.
“A direção do Centro Paroquial de Bem-Estar Social de Cacilhas confirma que em janeiro de 2019 foi reportado pela mãe de um menor, utente da pré-primária, a existência de um alegado abuso sexual, que terá ocorrido nas suas instalações”, refere em comunicado.
O centro paroquial explica que a comunicação da mãe deu origem a processos de investigação junto das autoridades competentes, com a direção a salientar que colaborou com as autoridades judiciais, prestando “todas as informações solicitadas e informando a situação à Diocese de Setúbal”.
“Em resposta às declarações da mãe do menor, a direção do Centro Paroquial de Bem-Estar Social de Cacilhas informa que o sr. padre não se encontrava nas instalações deste centro à data dos alegados fatos”, frisa o documento.
O centro garante que sempre teve a segurança e o bem-estar dos seus utentes e crianças como objetivo principal, adotando “medidas de segurança adicionais nas instalações”.
“Os processos de investigação estão em segredo de justiça, não tendo a Direção do Centro Paroquial de Bem-Estar Social de Cacilhas mais informações a disponibilizar, esperando o seu célere desenvolvimento em prole do bem-estar do menor”, conclui o documento.
A notícia da investigação do alegado abuso sexual numa creche da igreja em Almada foi noticiada pelo jornal Observador, que escreve que a queixa foi feita em janeiro e, dois meses depois, as autoridades ainda não ouviram os pais nem a vítima de cinco anos.
O caso, segundo o Observador, foi comunicado à PSP pela mãe da menor e uma informação entregue recentemente ao Departamento de Investigação e Ação Penal de Almada pelo bispo de Setúbal poderá acelerar o caso.
A Diocese de Setúbal anunciou ter conhecimento da investigação, com o suposto envolvimento de um padre, e promete colaborar com as autoridades.