Sábado, 14 de julho de 2018


Ovelhas e lobos.

Serpentes e pombas.
As Tuas palavras são sempre firmes, intensas.
Questionam a vida de todos, a vida de cada um.
Não estão fechadas no tempo em que a Tua voz se ouvia nas praças
e se seguiam os Teus passos, pela terra batida.
Permanecem no aqui e no agora.
Não é fácil aceitar que os lobos rondam.
Não é fácil aceitar o mal em forma de gente.
Mas a verdade é que haverá sempre ovelhas, capazes de viver em comunidade,
capazes de nos enternecer, do toque macio, de provocar sorrisos.
E pombas que atravessam o céu, poisam em andores floridos,
em praças cheias de gente, tantas vezes inesperadas e sempre belas.
Nesta manhã de sábado, não Te peço um mundo sem lobos.
Vivo com o horizonte da eternidade…
Mas peço-Te que me ajudes a saber distinguir, a saber afastar-me quando for preciso.
E a não perder a capacidade de me encantar com o bom e o belo, o verdadeiro e o honesto,
o perdão e o abraço dado sem nada pedir em troca.
Ajuda-me a ser fiel à Tua Palavra.