O Movimento Coletes Amarelos Portugal anunciou oficialmente a sua extinção.
Numa mensagem publicada na página do Facebook do movimento, ao final da tarde de segunda-feira, o porta-voz Bruno Miguel Branco diz que é “com profunda tristeza” que se tomou a decisão, após reunião interna e por unanimidade.
“Sempre nos esforçámos por lutar pelos que menos têm, exigindo reivindicações que, a nosso ver trariam um controlo maior sobre a corrupção e, por outro lado, maior justiça social. Por tudo isso, fomos alvo primeiro de medo, depois de chacota, crítica, conotações a todo o género de extremismos ou partidos, tudo menos a simples verdade”, lamenta.
E essa verdade, diz Bruno Miguel Branco, é aquela por que “sempre lutámos de coração, sem nada pedir em troca por amor a Portugal e ao povo português”, acrescenta.
Não obstante todo o trabalho e sacrifício pessoal dos organizadores, “o povo português escolheu não fazer nada e nós, ao fim de tanto sermos ignorados e alvos de chacota, decidimos aceitar, embora com a mágoa do que poderíamos ser e conseguir.”
O grupo culpa também o Governo pela extinção, lamentando que o executivo tenha boicotado as suas ações “de todas as maneiras” e de ter utilizado a polícia “como um escudo para eternizar o seu sistema corrupto”.