​Papa pede aos cristãos que rezem o terço pela paz no mundo
11-10-2017 - 10:11
 • Ângela Roque

Francisco falou dos 100 anos das aparições em Fátima e dos 300 de Nossa Senhora Aparecida, no Brasil.

“Todos podem ser artesãos de paz”. A frase foi usada pelo Papa Francisco na audiência geral, desta quarta-feira, em que falou dos 100 anos das aparições em Fátima e dos 300 de Nossa Senhora Aparecida, no Brasil.

Na mesma intervenção deixou um apelo aos cristãos para que rezem o terço pela paz no mundo. Na véspera da última peregrinação aniversária a Fátima, neste ano em que se comemora o centenário das aparições, Francisco lembrou assim a mensagem deixada há 100 anos aos pastorinhos: “no próximo dia 13 de Outubro, encerra-se o Centenário das últimas aparições marianas em Fátima. Com o olhar dirigido à Mãe do Senhor e Rainha das Missões, convido todos, especialmente neste mês de Outubro, a rezar o terço pela intenção da paz no mundo”.

“Que a oração possa demover as almas mais conflituosas para que afastem a violência do seu coração e das suas palavras e dos seus gestos e construam comunidades não violentas, que preocupem e cuidem da casa comum. Nada é impossível se nos dirigimos a Deus na oração. Todos podem ser artesãos de paz", disse o Papa.

Francisco referiu-se também aos 300 anos de Nossa Senhora de Aparecida, no Brasil, que se assinalam amanhã, e rezou pelo Brasil, falando num “momento difícil” para o país. “A história dos pescadores que encontraram no Rio Paraíba do Sul o corpo, e depois a cabeça da imagem de Nossa Senhora, e que foram em seguida unidos, lembra-nos que neste momento difícil do Brasil, a Virgem Maria é um sinal que impulsiona para a unidade construída na solidariedade e na justiça”, afirmou durante a audiência pública semanal na Praça de São Pedro, onde marcaram presença inúmeros peregrinos brasileiros.

A imagem que é venerada no Santuário de Aparecida – o maior santuário mariano do mundo - foi encontrada em 1717 por três pescadores, que no porto de Itaguaçu viram nas suas redes o corpo de uma estátua partida pela altura do pescoço. Só num segundo momento encontraram a cabeça. Juntando as duas partes, viram que se tratava da imagem de Senhora da Conceição. Por assim ter aparecido, o povo chamou-a de ‘Aparecida’, nome consagrado pela devoção popular, que a levou a ser proclamada rainha, em 1904, padroeira do Brasil, em 1930. O santuário foi declarado de âmbito nacional em 1984.

As celebrações solenes no santuário brasileiro vão ser presididas pelo cardeal Giovanni Battista Re, que já ali entregou uma Rosa de Ouro como símbolo da devoção do Papa “à Rainha do Brasil e do seu afecto ao povo brasileiro”.

Na audiência-geral de hoje, Francisco lembrou também que a 13 de Outubro decorre a Jornada Internacional para a redução dos desastres naturais. “Renovo o meu premente apelo pela salvaguarda da criação, através de uma tutela cada vez mais atenta e um maior cuidado pelo ambiente”. Um pedido dirigido em especial “às instituições” e a “todos os que têm responsabilidade pública e social” para que promovam “cada vez mais uma cultura que tenha como objectivo a redução da exposição aos riscos e às calamidades naturais. Que as acções concretas, dedicadas ao estudo e à defesa da casa comum, possam reduzir progressivamente os riscos paras as populações mais vulneráveis”, concluiu.