​Santana Lopes fecha campanha ao ataque. “Costa está a pôr duas velinhas para Rio ganhar”
12-01-2018 - 22:56

Santana Lopes termina campanha para as eleições do PSD ao ataque contra o adversário Rui Rio.

O primeiro-ministro, António Costa, “está a pôr duas velinhas para Rui Rio ganhar”, afirmou Pedro Santana Lopes no comício de encerramento da campanha para as eleições do PPD/PSD.

Num encontro com militantes realizado esta sexta-feira, na Maia, Santana Lopes desferiu mais um ataque contra a candidatura do seu adversário.

O antigo primeiro-ministro, que quer voltar a liderar o PSD, considera que a vitória de Rui Rio nas directas deste sábado “seria o ideal” para o líder socialista António Costa.

“A partir daqui, António Costa faria a legislatura a pensar: ‘aconteça o que acontecer, estou safo. Posso governar com a frente de esquerda ou com o PPD/PSD. Confesso que nunca vi isto num partido político que tem ambições de ser Governo”, declarou Santana Lopes.

Durante a campanha Rui Rio admitiu viabilizar um Governo minoritário do PS, para afastar Bloco de Esquerda e Partido Comunista da esfera do poder.

Santana Lopes recorda que o PSD já viabilizou governos socialistas no passado, mas o mesmo não aconteceu em sentido inverso.

“Isto é muito pior do que ser anjinhos”, afirmou o antigo presidente da Câmara de Lisboa sobre a posição de Rui Rio, que durante a campanha também afirmou que não pode dizer “jamais” a um Governo de Bloco Central.

“Bloco central não, viabilizar governos do PS não, temos que ganhar eleições para derrotar frente de esquerda”, defendeu Santana Lopes no discurso de encerramento da campanha à liderança do PSD.

"Desta vez vou ter a força que não tive em 2004”

O candidato a líder do PSD mostra-se convicto de que "desta vez" terá "a força" que não teve em 2004, terá "o voto por sufrágio directo", frisando que conta ganhar as legislativas em 2019.

"Eu desta vez vou ter a força que não tive em 2004, vou ter o voto por sufrágio universal e directo, o que não aconteceu daquela vez em que tive de substituir Durão Barroso", disse Pedro Santana Lopes.

"Nós não temos medo, nós não nos subjugamos, nós temos orgulho em nós próprios, não temos complexos. Nós não queremos ser um PS b, um PS dois. Nós o PPD/PSD um, já ganhamos recentemente duas eleições legislativas consecutivas com Pedro Passos Coelho e vamos ganhar a terceira mais tardar em 2019", disse o candidato.

“O PSD vai voltar depois de cumprido esta missão extraordinária de ter recuperado Portugal desta situação de bancarrota. Depois de António Costa ter feito a escolha que fez, não nos podemos colocar nos braços da viabilização de governos do PS. Vamos lutar é pelos nossos governos, a terceira vitória consecutiva em eleições legislativas”, afirmou o antigo provedor da Santa Casa.

As eleições directas estão marcadas para este sábado. Cerca de 70 mil militantes vão escolher o sucessor de Pedro Passos Coelho na liderança do PSD.

[notícia actualizada às 00h26]