Marcelo faz depender recandidatura de cateterismo. "O meu avô e o meu pai eram cardíacos"
10-10-2019 - 20:01
 • Renascença

"Fiz exames e, genericamente, estão bem, mas restou uma dúvida que vai obrigar a um novo exame", revelou o Presidente da República, em entrevista à SIC.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, teme a possibilidade de poder ter um problema cardíaco e faz depender recandidatura de um exame médico que vai realizar em breve.

A revelação foi feita ao programa Alta Definição, da SIC, que vai para o ar próximo sábado.

Marcelo Rebelo de Sousa revelou que vai ser submetido a um cateterismo nas próximas semanas.

O chefe de Estado faz depender a sua recandidatura às eleições presidenciais de 2021 do resultado do exame.

O Presidente da República afirma que, caso volte a merecer a confiança dos eleitores portugueses, pretende continuar a exercer uma Presidência de proximidade e a condição física é determinante.

“O meu avô era cardíaco, o meu pai era cardíaco, os meus irmãos acham que não mas são cardíacos. Eles vivem felizes, são mais novos do que eu. Portanto, achei que devia fazer exames em matéria cardíaca, a minha hipocondria mandou fazer. E fiz e, genericamente, estão bem. Mas restou uma dúvida que vai obrigar a um novo exame", explicou Marcelo Rebelo de Sousa.

"Dentro de umas semanas vou ter que fazer um cateterismo, não no coração, não em tudo o que é fundamental, a começar pelas carótidas para a irrigação do cérebro – a cabeça é fundamental para exercer esta função -, mas para ver um determinado vaso sanguíneo em que há uma acumulação de cálcio, se essa acumulação está num grau que é excessivo, não está ou o que é que isso significa”, afirma o chefe de Estado.

Nesta entrevista à SIC, Marcelo admite que a sua "hipocondria" leva-o a ter "o bom senso e o bom juízo que é prevenir para depois não ter a maçada que tive com a hérnia estrangulada”.

Marcelo Rebelo de Sousa considera que estar bem de saúde é fundamental para continuar a exercer o seu estilo de Presidência de proximidade e dos "afetos" com a população.

“Falta um ano para a recandidatura. Para a eleição para um ano e mais uns meses. Antes de me recandidatar, eu com este estilo de Presidência próxima, que significa próxima também fisicamente, eu não vou mudar de estilo. Se for candidato e se for eleito, não vou fechar-me no Palácio e deixar de ir para me preservar, para não me expor. É evidente que terei de fazer exames como aquele que vou fazendo agora correntemente graças à minha hipocondria”, sublinhou.

Questionado sobre se, hoje, seria recandidato às eleições para Belém, Marcelo Rebelo de Sousa admite que estaria mais voltado para uma resposta positiva e refere que o resultado das legislativas não crirou nenhum fator perturbador.

“Ah… sei lá. Como meti na minha cabeça que só daqui a um ano é que tomaria a decisão, digo de outra maneira: o resultado das eleições legislativas não criou no meu espírito nenhum fator perturbador de uma recandidatura. Em termos de percentagem, a percentagem mais favorável no sentido da recandidatura do que da não recandidatura continua presente, hoje”, referiu o Presidente da República.

[notícia atualizada às 20h34]