Tufão Higos. Macau baixa nível de alerta mas mantém aviso para inundações
19-08-2020 - 06:44
 • Marisa Gonçalves com redação

Nas últimas horas, foram registadas, pelo menos, 200 ocorrências por quedas de árvores e inundações e há registo de 10 feridos.

Em Macau o pior parece já ter passado. Os serviços meteorológicos já reduziram o sinal de alerta de tempestade tropical – de 10 para 8 - à medida que o tufão Higos se vai afastando do território.

“A tempestade deixou um rasto de destruição”, relatou à Renascença o jornalista Pedro Maia, da Televisão de Macau.

Apesar de a situação estar mais calma, as autoridades apelam à população para evitar sair à rua. “Ainda chove e ainda faz vento, mas não com a mesma intensidade. Foram registadas algumas cheias nas zonas baixas da cidade, mas não com a intensidade de outros tufões, ainda assim, de acordo com a Proteção Civil, estamos a falar de cerca de 200 ocorrências: a maioria quedas de árvores, sinais, reclames e também de postes de eletricidade. Há ainda registo de dez feridos, dois com alguma gravidade e oito ligeiros”, descreveu Pedro Maia.

Macau suspendeu as aulas e atividades educativas previstas para esta quarta-feira, bem como "serviços dos equipamentos de serviços de apoio a crianças e jovens, de serviços de apoio a idosos e de serviços de reabilitação nas zonas baixas".

Todos os postos fronteiriços terrestres entre Macau e a vizinha cidade chinesa de Zhuhai (onde o tufão já atingiu terra) foram encerrados igualmente, quando estão suspensos os transportes públicos, ligações marítimas e aéreas, bem como a travessia na maioria das pontes.

Macau regista praticamente cerca de quatro a cinco tufões por ano e as zonas baixas da cidade, onde estão instalados os comerciantes, motivam sempre mais preocupação e ficam sempre inundadas.

Desde 2017, dois tufões obrigaram as autoridades a emitirem o alerta máximo. Em setembro de 2018, a passagem do tufão Mangkhut por Macau deixou prejuízos económicos diretos e indiretos no valor de 1,74 mil milhões de patacas (180 milhões de euros).

O Mangkhut provocou 40 feridos e inundações graves no território, onde o sinal máximo de tempestade tropical esteve içado várias horas. Ao todo, as autoridades retiraram 5.650 cidadãos das zonas baixas e 1.346 pessoas recorreram a centros de abrigo de emergência.

Um ano antes, o tufão Hato (posteriormente denominado de Yamaneko pelas autoridades locais), apesar de se caracterizar pela mesma intensidade do Mangkhut, causou 10 mortos, 240 feridos e prejuízos avaliados em 12,55 mil milhões de patacas (1,32 mil milhões de euros).