TAP. Rio insiste em plano de negócios para não continuar a ser “sorvedor de dinheiros”
29-06-2020 - 13:12
 • Marta Grosso

Presidente do PSD diz que, seja privada seja pública, a companhia aérea portuguesa não pode continuar a dar prejuízos e criticou o caráter regional que a empresa assumiu.

“É preciso um plano de negócios” para que a TAP não continue a ser “um sorvedor de dinheiros públicos”, defende Rui Rio nesta segunda-feira.

De visita a Valongo, o presidente do PSD reafirmou os dois pontos essenciais da sua posição sobre a transportadora aérea portuguesa.

“Ponto 1, não vale a pena meter um euro na TAP se não houver um plano de negócios consistente para o futuro, senão significa que estamos a meter dinheiro agora e daqui por um ano estão a pedir mais e a TAP continua a ser um sorvedor de dinheiros públicos brutal como tem sido ao longo dos anos”, afirmou aos jornalistas.

E o plano de negócios tem de ser “realmente credível e valer a pena”, sublinha Rui Rio.

“Em segundo, se o Estado português mete dinheiro, é evidente que é o Estado português que tem de tomar a responsabilidade pela gestão da empresa”, defende.

“Senão, os contribuintes portugueses estão lá a meter dos seus impostos quase mil milhões de euros para serem os privados a gerir da forma que entendem, sem quase serviço público”, sustenta, aproveitando para lançar mais uma crítica: “já reparámos que, ainda por cima, se comportam como uma empresa regional que centra a sua atividade em Lisboa e esquece o resto do país todo”.

Estas declarações de Rui Rio surgem depois de o acionista da TAP, David Neeleman, ter vindo a público agradecer o apoio estatal e abrir as portas da gestão da empresa ao Estado.

O presidente do PSD reforça o que já disse: a TAP “não pode estar sistematicamente a dar prejuízos e os portugueses, através dos seus impostos, a pagar os prejuízos da TAP. Seja ela privada, seja ela pública. Nem de uma maneira nem de outra”, concluiu.

Rui Rio falou aos jornalistas à margem da visita ao aterro de Sobrado, em Valongo, contestado há vários anos pela população, por constituir um problema de saúde pública.